Pressionada pela Nike CBF retira as camisas amarelas do mercado

Os principais afetados pela decisão são Atlético-PR, Chapecoense e Remo.

Palmeiras assegurou o retorno para a Série A utilizando a camisa amarela | Getty
FACEBOOK WHATSAPP TWITTER TELEGRAM MESSENGER

A briga da CBF para proteger a tradicional camisa amarela da seleção e tê-la em campo na estreia da Copa do Mundo contra a Croácia, no próximo dia 12 de junho, em São Paulo, não se restringe apenas ao campo. Pressionada pela patrocinadora Nike, a entidade fechará também nesta quarta-feira o seu primeiro acordo para retirar do mercado uniformes de outras marcas que fazem referência ao de Neymar e companhia.

Em contato com a reportagem, o advogado Gustavo Piva, do escritório Dannemann Siemsen, que presta serviço para a confederação, confirmou que a Umbro deixará de produzir as camisas comemorativas do tetracampeonato mundial de 1994.

Os principais afetados pela decisão são Atlético-PR, Chapecoense e Remo.

O clube paraense chegou a passar por uma situação constrangedora antes do clássico Re-Pa, no início do ano. Após anunciar o lançamento da novidade no confronto com o Paysandu, a equipe teve de suspender toda a sua estratégia de marketing e encostá-la.

Procurado pelo ESPN.com.br, a Umbro preferiu não fornecer maiores detalhes sobre o acordo.

"Eles já cessaram o uso da camisa e agora vamos apenas colocar isso no papel", explica o advogado Gustavo Piva.

Em caso de conflito, as multas podem chegar até mesmo a R$ 500 mil para as empresas que se negarem a cumprir o pedido. Com a realização do Mundial no Brasil, a CBF bateu o recorde de notificações neste ano pelo suposto uso indevido da imagem da seleção. Na medida em que a competição se aproxima, o trabalho tem sido cada vez maior: a média atual é de cinco notificações diárias.

Curiosamente, a primeira camisa que gerou insatisfação da Nike acabou não sendo alvo até hoje de qualquer ação.

Em outubro do no passado, o Palmeiras estreou um uniforme comemorativo produzido pela Adidas fazendo alusão ao time que representou o Brasil na inauguração do Mineirão em 1965. Na época, o novo presidente da CBF e também conselheiro do clube, Marco Polo del Nero, se encarregou do contato com a diretoria alviverde solicitando a suspensão de vendas.

Não deu em nada.

Em março, a Adidas voltou a comercializar a camisa que carrega as mesmas cores da seleção e faz sucesso entre os torcedores ao custo de R$ 249,90. Segundo apurado pela reportagem, mesmo com a pressão da Nike, detentora dos direitos sobre o uniforme brasileiro, Del Nero preferiu não bater de frente com o clube.

Mais recentemente, a Penalty também repetiu Adidas e Umbro e lançou no mercado modelos dupla face inspirados na seleção para São Paulo, Vasco, Santa Cruz, Ceará e Figueirense. A Kanxa fez o mesmo com o Icasa e planejava estrear o uniforme contra o Bragantino, na semana passada, porém, a CBF barrou pela suposta falta de cumprimento dos prazos para comunicação.

A própria Nike chegou a levar a campo em rodada do Brasileiro as camisas amarelas feitas para seus patrocinados Corinthians, Inter, Santos e Coritiba. O Bahia, que deveria ter sido incluído no pacote, preferiu ficar de fora por causa do atual litígio com a marca.



Participe de nossa comunidade no WhatsApp, clicando nesse link

Entre em nosso canal do Telegram, clique neste link

Baixe nosso app no Android, clique neste link

Baixe nosso app no Iphone, clique neste link


Tópicos
SEÇÕES