Rosberg vence em fim de semana perfeito; Felipe Massa sofre batida idêntica ao último sábado

Após dominar todos os treinos, alemão da Mercedes fatura GP de Mônaco de ponta a ponta. Brasileiro abandona corrida, faz exames e passa bem

Nico Rosberg comemora vitória em frente ao Príncipe Albert II e à Princesa Charlote | AFP
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Para Nico Rosberg, da Mercedes, um fim de semana inesquecível em Mônaco. Para Felipe Massa, dois dias para apagar da memória. Neste domingo, o brasileiro abandonou a corrida ao bater de forma idêntica ao acidente sofrido no treino livre da manhã de sábado, que o tirou da sessão classificatória. Massa saiu do carro caminhando, mas seguiu para um hospital da região, para realizar exames por precaução e passa bem.

Desfecho desastroso para Massa, esplêndido para Rosberg. Nas ruas de Monte Carlo, o alemão conseguiu evitar a sina das duas corridas anteriores, quando não conseguiu vencer após largar na pole position. O primeiro triunfo do alemão na temporada veio de forma irretocável.

Conseguiu administrar o desgaste dos pneus e se manteve sempre na ponta, mesmo em uma prova tumultuada, com direito a duas entradas de safety car (carro de segurança) e uma bandeira vermelha em razão de acidentes. Foi a coroação de um fim de semana perfeito, onde Nico dominou os três treinos livres, fez a pole position e liderou todas as voltas da corrida. A segunda vitória de Nico na carreira teve um sabor ainda mais especial. Ele repetiu o feito do pai, o finlandês Keke Rosberg, nas mesmas ruas de Monte Carlo, trinta anos depois.

Sebastian Vettel e Mark Webber, da RBR, completaram os três primeiros. Companheiro de Rosberg na Mercedes, Lewis Hamilton terminou em quarto. O britânico ? que havia largado em segundo ? perdeu posições para a dupla da RBR na parada dos boxes durante a entrada do primeiro safety car.

Fernando Alonso não teve um fim de semana tão desastroso quanto seu companheiro de Ferrari, Felipe Massa. Porém, também não teve motivos para comemorar. O espanhol não conseguiu imprimir um bom ritmo até o fim da prova e cruzou a linha de chegada em sétimo. Ele foi superado por Adrian Sutil (Force India) e Jenson Button (McLaren), ganhando apenas a posição de Kimi Raikkonen (Lotus) que terminou em décimo após ser tocado por Sergio Pérez (McLaren). Jean-Eric Vergne, em oitavo, e Paul di Resta, em nono, fecharam o top 10.

A corrida

Apesar das paredes próximas de Monte Carlo, a largada transcorreu normalmente, com os primeiros colocados mantendo suas posições: Rosberg na ponta, seguido por Hamilton, Vettel, Webber, Raikkonen e Alonso. Os incidentes na primeira volta ficaram por conta do holandês Giedo van der Garde (Caterham), que acertou a Williams de Pastor Maldonado no hairpin; além dos companheiros de McLaren, Sergio Pérez e Jenson Button, que se estranharam na chicane localizada na saída do túnel.

Felipe Massa que largaria em último, havia ganhado duas posições antes mesmo de começar a prova. Max Chilton caiu para o fim do grid por trocar o câmbio da Marussia, enquanto o motor do carro de seu companheiro Jules Bianchi apagou na volta de apresentação e o francês precisou largar dos boxes. O brasileiro ainda completou a primeira volta em 18º, ao herdar as posições de Maldonado e Van der Garde, que tiveram que parar nos boxes para consertar seus carros.

Preocupada com o intenso desgaste de pneus que tirou as chances de vitória da Mercedes nas últimas três etapas, Rosberg e Hamilton comandavam o pelotão com ritmo cadenciado, fazendo com que a diferença entre quase todo o pelotão fosse pequena.

O primeiro abandono da corrida ficou por conta de Charles Pic, da Caterham, na volta nove. O motor do francês estourou na Rascasse e provocou um princípio de incêndio. Os fiscais agiram rapidamente e retiraram o carro da pista sem precisar interromper a corrida.

Poucas mudanças de posições nas primeiras 20 voltas. Rosberg mantinha a liderança com tranquilidade. Agora já com certa folga para Hamilton, que, por sua vez, também abria uma margem segura para o terceiro colocado Vettel. A única mudança no top 10 ficou por conta de Button, que superou Pérez.

A essa altura, Felipe Massa seguia preso atrás da Sauber de Esteban Gutiérrez, em 15º. O brasileiro, no entanto, acabou perdendo a posição para Di Resta, que vinha com pneus mais novos, por já ter feito um pit stop.

O primeiro dos ponteiros a ir para os boxes foi Webber, na 26ª volta. Raikkonen, Alonso e Button fizeram seus pits nas voltas seguintes, enquanto a dupla da Mercedes e Vettel, da RBR, seguiram na pista.

Massa sofre acidente idêntico

Na 30ª volta, Felipe Massa sofreu um acidente exatamente igual à sua batida no sábado. Travou as rodas, perdeu o controle da Ferrari na reta principal, acertou o guard rail lateral e depois, deslizando, se chocou com a proteção de pneus da curva 1, a famosa ?Sainte Devote?. O brasileiro saiu do carro, mas como sentia dores, foi atendido pela equipe médica logo em frente ao local da batida. Ele foi encaminhado para um hospital da região, fez exames e passa bem.

O carro de segurança precisou entrar na pista para que o carro do brasileiro fosse retirado. Rosberg e Hamilton correram para os boxes para fazer seus pit stops. O alemão ainda conseguiu voltar na ponta, mas o inglês precisou esperar a troca de pneus do parceiro, perdeu tempo e retornou em quarto, atrás de Vettel e Webber.

A relargada foi dada na volta 38. Nico conseguiu manter a ponta com folga. Nas passagens seguintes, Hamilton começou a pressionar Webber para tentar se recuperar do prejuízo, com direito a uma improvável tentativa de ultrapassagem na Rascasse. Quem também mostrou ousadia foi Pérez. O mexicano deu o troco em Button assumindo o sexto lugar e depois tentou um bote em Alonso, que passou com as quatro rodas pela chicane para se defender.

Batida incrível interrompe prova

Um incrível acidente na volta 44 provocou a paralisação da corrida. Max Chiltou deu uma fechada em Maldonado, que tentava ultrapassá-lo. O venezuelano perdeu o controle da Williams e rumou desgovernado acertando a proteção de pneus com força. A barreira se desmontou e foi parar no meio da pista, quase que impedindo a passagem dos carros. A bandeira vermelha foi acionada para a retirada do carro de Maldonado e a reparação da proteção de pneus.

Alonso precisa deixar Pérez passar na relargada

Durante a paralização, Alonso foi informado que a FIA considerou irregular sua manobra para se defender de Pérez. Com isso, ele precisaria ceder a posição ao mexicano na relargada, o que foi prontamente feito. Após a saída do safety car, Rosberg mais uma vez mostrou calma para seguar a ponta, acompanhado por Vettel, Webber, Hamilton e Raikkonen.

Uma das grandes atrações da prova, Pérez tentou outra ultrapassagem novamente na saída do túnel, dessa vez sobre Raikkonen. O finlandês fez jogo duro e os dois passaram reto pela chicane. A manobra deixou o ?Homem de Gelo? irado. Ele reclamou pelo rádio: ?Este idiota tentou me acertar, tentou acabar com minha corrida?. Mal sabia Kimi, o que aconteceria depois.

Nesse meio tempo, houve mais dois acidentes. Jules Bianchi perdeu o controle da Marussia no mesmo ponto do acidente de Felipe Massa, batendo na saída da Sainte Devote. Voltas depois foi a vez de Romain Grosjean entrar em ação novamente. O francês, que vinha se comportando bem durante a temporada, protagonizou sua quarta batida no fim de semana ao abalroar a STR de Daniel Ricciardo, provocando nova entrada do safety car na volta 63.

Rosberg, que estava quatro segundos à frente de Vettel, viu a diferença novamente ser reduzida a zero. Mas o dia era do alemão. Com nova relargada segura, seguiu na ponta com tranquilidade.

Pérez exagera na audácia

No fim, o excesso de arrojo de Pérez acabou passando do limite. O mexicano tentou novamente o bote sobre Raikkonen, mas sem espaço, ficou espremido no guard rail e acabou furando o pneu da Lotus. O mexicano abandonou pouco tempo depois, enquanto o finlandês precisou parar nos boxes e perdeu muitas posições. No fim, Kimi conseguiu arrancar o décimo lugar e completou 23 corridas na zona de pontuação.

Ele está a uma prova de igualar a sequência protagonizada por Michael Schumacher, que pontuou por 24 GPs seguidos de 2001 a 2003.

Lá na frente, Rosberg administrou a vantagem para Vettel e recebeu a bandeirada com 4s de vantagem sobre o compatriota da RBR. Webber completou a prova em terceiro, seguido por Hamilton. Alonso perdeu rendimento no final, foi superado por Sutil e Button e cruzou apenas em sétimo.

Confira o resultado final do GP de Mônaco:

1 - Nico Rosberg (ALE/Mercedes)

2 - Sebastian Vettel (ALE/RBR)

3 - Mark Webber (AUS/RBR)

4 - Lewis Hamilton (ING/Mercedes)

5 - Adrian Sutil (ALE/Force India)

6 - Jenson Button (ING/McLaren)

7 - Fernando Alonso (ESP/Ferrari)

8 - Jean-Eric Vergne (FRA/STR)

9 - Paul Di Resta (ESC/Force India)

10 - Kimi Raikkonen (FIN/Lotus)

11 - Nico Hulkenberg (ALE/Sauber)

12 - Valteri Bottas (FIN/Williams)

13 - Esteban Gutierrez (MEX/Sauber)

14 - Max Chilton (ING/Marussia)

15 - Giedo Van der Garde (HOL/Caterham)

Abandonaram a prova:

Sergio Pérez (MEX/McLaren)

Romain Grosjean (FRA/Lotus)

Daniel Ricciardo (AUS/STR)

Jules Bianchi (FRA/Marussia-Cosworth)

Pastor Maldonado (VEN/Williams-Renault)

Felipe Massa (BRA/Ferrari)

Charles Pic (FRA/Caterham-Renault)



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