Santos faz 3 a 2 no Santo André

O Santo André passou a semana quietinho, só vendo todo mundo badalar o Santos

FACEBOOK WHATSAPP TWITTER TELEGRAM MESSENGER

O Santo André assustou o Santos. Colocou o baladado time alvinegro na roda e deixou o Pacaembu mudo no primeiro tempo. Mas a alegria do Ramalhão durou apenas 45 minutos. O Peixe voltou a todo vapor para o segundo tempo e construiu sua vitória, por 3 a 2, neste domingo à tarde, primeira partida da decisão do Paulistão. As mais de 31 mil pessoas que foram ao estádio paulistano assistiram a um jogaço, que aumentou a vantagem santista. No próximo domingo, também no Pacaembu, o Alvinegro fica com o título mesmo perdendo por um gol.

O Santo André passou a semana quietinho, só vendo todo mundo badalar o Santos. Melhor time do Brasil, com um ataque que, até o início desta partida, havia marcado 93 gols no ano. O Peixe atropelaria o Ramalhão. Essa era a tônica das análises feitas durante a semana. Mas o futebol prega peças e a torcida alvinegra, que lotou o Pacaembu, assistiu, atônita, ao time do ABC acuar o Peixe, com marcação forte e contra-ataques muito rápidos.

O Santos até deu pinta de que estava com muito apetite e, logo no primeiro minuto, andou perto de balançar as redes quando o Wesley recebeu passe de calcanhar de Robinho e mandou a bomba, obrigando o goleiro Júlio César espalmar. Mas o time da Vila Belmiro parou por aí. O Santo André, com uma formação bem consistente, marcando Neymar e Robinho implacavelmente, controlou o jogo no meio de campo. Neymar, aliás, levou uma dura entrada por trás de Rômulo, torceu o tornozelo e sumiu. Sentindo muitas dores, o garoto foi apenas uma sombra em campo na etapa inicial.

No início, o Santos tentou marcar os meias Branquinho e Bruno César. Até conseguiu em alguns momentos. O problema é que os volantes do Ramalhão têm muita qualidade e, livres, saíram para armar o jogo. Alê e Gil chegavam ao ataque com disposição e, quando os meias conseguiram se livrar, a equipe do ABC chegava com até seis jogadores no ataque. O Peixe provava do seu próprio veneno.

Bem superior em campo, o Santo André martelava o gol defendido por Felipe. Aos 20, Branquinho desceu pela esquerda cortou Pará e chutou cruzado. Felipe espalmou. O Santos tentava se valer de algum contra-ataque, mas somente aos 29 minutos é que voltou a ameaçar. Neymar foi lançado na direita e pedalou em cima de Toninho, que o derrubou na área. Houve o pênalti, mas o árbitro Paulo César Oliveira ignorou.

Essa investida do Santos foi um lance isolado. O Santo André continuava melhor e o gol, que parecia inevitável, acabou saindo aos 34 minutos. Branquinho, cobrando falta da meia direita, acertou o canto direito de Felipe, que foi na bola, mas não conseguiu alcançar. Em seguida, quase saiu o segundo. Aos 37, Edu Dracena saiu jogando errado e entregou a bola para Nunes, que rolou para Rodriguinho. O artilheiro recebeu, girou e chutou por cima do gol.

O Santos estava atordoado, mas ainda conseguia ser perigoso quando acertava os passes. Aos 43, Léo fez ótima jogada pela esquerda, entrou na área e rolou para Robinho. O atacante dominou, já perto da pequena área, e chutou, mas pegou torto e errou o alvo.

Peixe volta a ser mortal

Na volta do intervalo, o técnico Dorival Júnior resumiu bem o desempenho do Santos no intervalo e cobrou a equipe.

- O nosso time não veio a campo, não compareceu. Vamos para esse segundo tempo como se fosse o primeiro tempo.

E finalmente o Santos entrou em campo. Com André no lugar de Neymar, que sofreu uma lesão no olho no primeiro tempo e teve de ser levado ao hospital, o Alvinegro ganhou presença de área. Além disso, Ganso também passou a jogar muito. Desfilando no meio de campo, acertando passes improváveis, o meia tomou conta do jogo.

O que se viu até os 24 minutos, quando o Santos marcou o terceiro gol, foi um massacre. Acuado dentro de sua área, o Ramalhão via homens de preto e branco surgindo de todos os lados. Aos 13, Ganso fez linda jogada pela ponta esquerda e levantou na cabeça de André, que só completou para o gol. Logo em seguida, aos 16, Robinho, que teve um primeiro tempo apagado, acertou grande lançamento para Wesley, que desceu pela direita, invadiu a área e chutou no canto direito de Júlio César.

A virada santista deixou o Ramalhão bastante assustado. O time do ABC tentava sair do sufoco, mas mal passava do meio de campo. O Santos não deixava. Aos 24 saiu o terceiro, numa linda triangulação. André tocou de calcanhar para Wesley, que jogou para Robinho e se projetou pela direita. O Rei das Pedaladas dominou e devolveu certinho. Wesley desceu e bateu forte. A bola ainda desviou em Júlio César antes de entrar.

A situação do Santo André ficou ainda mais complicada quando Toninho, aos 29 minutos, fez falta dura em André. Como já tinha o amarelo acabou expulso. No entanto, o Ramalhão mostrou ser um time valente. Mesmo com um a mais e correndo sério risco de levar uma goleada nos contra-ataques, foi para cima e, aproveitando-se de um relaxamento do time santista, acabou premiado com um golzinho. Aos 37, Gil chutou a bola na trave. Na volta, ela bateu em Rodriguinho e voltou para a rede.

O Ramalhão, na base da empolgação, abandonou a defesa e se mandou para o ataque, deixando enormes espaços para o Peixe. O jogo se tornou lá e cá: franco, totalmente aberto, eletrizante.

Domingo que vem tem mais. Antes, na quarta, o Santos enfrenta o Atlético-MG, no Mineirão, na primeira partida das quartas de final da Copa do Brasil.



Participe de nossa comunidade no WhatsApp, clicando nesse link

Entre em nosso canal do Telegram, clique neste link

Baixe nosso app no Android, clique neste link

Baixe nosso app no Iphone, clique neste link


Tópicos
SEÇÕES