São Paulo vence o Santos por 4 a 3, com direito a gol e expulsão de Rogério Ceni

Rogério Ceni quebra jejum de um ano, garante vitória do São Paulo, mas é expulso no fim

Rogério Ceni | G1
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Santos e São Paulo mostraram, na tarde deste domingo, como deve ser um clássico: muita disposição, luta, vários gols e, para apimentar ainda mais, uma expulsão. A Vila Belmiro foi o palco para todos os ingredientes que fazem um jogão de bola na 31ª rodada do Campeonato Brasileiro.

E mais. Viu o Tricolor Paulista vencer por 4 a 3, de virada, para seguir no encalço do líder Palmeiras. Rogério Ceni garantiu os três pontos com um gol de falta aos 23 minutos do segundo tempo, quebrando um jejum que já durava um ano. Com o triunfo, a equipe do Morumbi vai a 52 pontos, a dois pontos do Verdão, permanece em quarto lugar e não pode mais ser ultrapassado pelo Flamengo.

Já o Peixe segue em 13º lugar, com 41 pontos. As duas equipes voltam a campo na próxima quarta-feira. O Peixe vai a Curitiba enfrentar o Atlético-PR na Arena da Baixada, às 19h30m, e o Tricolor Paulista recebe o Internacional num confronto direto pela permanência no G-4 e a manutenção do sonho de chegar ao título. A partida será no Morumbi, às 21h50m. Bola parada movimenta o placar O San-São começou com tudo. Ainda que os times não tenham sido brilhantes tecnicamente, pelo menos houve muita disposição. E também falhas. Muitas, aliás.

Os quatro gols da primeira etapa saíram em jogadas de bola parada. Em três delas, a colaboração da defesa foi determinante - sobretudo nos dois gols dos donos da casa. O Peixe, com uma postura mais ofensiva, atuava com a marcação adiantada, buscando pressionar as saídas de bola do Tricolor. Essa marcação provocava erros de passe da equipe visitante, que começou a ter problemas para criar jogadas. A defesa são-paulina, uma das melhores da competição, sofreu pane no jogo aéreo.

Isso ficou evidente nos gols marcados pelo Santos na primeira etapa. No primeiro, aos seis, Madson cobrou escanteio da direita, Rodrigo Souto subiu no primeiro pau e desviou para André, substituto de Kléber Pereira, que ficou fora do clássico para cumprir suspensão automática, marcar o seu segundo gol como profissional, o primeiro em um clássico. O São Paulo só conseguia criar chances quando a bola caía nos pés de Hernanes.

Nesses momentos, o camisa 10 mostrava por que é o principal jogador tricolor. Aos 12, em jogada individual, o volante sofreu falta de Astorga na entrada da área, pelo lado esquerdo. Ele mesmo executou a cobrança. Perfeita. Como manda o manual do bom batedor. A bola acertou o ângulo superior esquerdo de Felipe, que só se esticou para sair bem na foto. O gol não assustou o Santos.

Pelo contrário, o time da Vila partiu novamente para cima e, mais uma vez, aproveitou-se de falha da zaga adversária. Em um lance bem parecido com o do primeiro gol, o Peixe ampliou, aos 26. Madson cobrou escanteio na direita, e Rodrigo Souto apareceu novamente na frente dos marcadores para desviar. Desta vez, a bola entrou direto.

O jogo era lá e cá, e o São Paulo quase empatou aos 28, quando Hernanes, sempre ele, pegou o rebote pelo meio e chutou rasteiro. Felipe caiu e mandou para escanteio. O Santos era ligeiramente melhor, tinha mais posse de bola, mas acabou provando do seu próprio veneno: a jogada de escanteio. Aos 38, Hernanes cobrou pela esquerda. A bola passou por todos os defensores santistas e sobrou para Washington, que, mesmo desequilibrado, acertou o chute.

A bola foi em cima de Felipe, que acabou mandando para o próprio gol ao tentar desviar. É como se não tivesse havido intervalo. Os dois times voltaram para o segundo tempo e mantiveram o ritmo do primeiro. Disposição, velocidade e muitos gols. O que mudou em relação ao primeiro tempo foi que o São Paulo passou a pressionar, passando boa parte dos minutos iniciais dentro da área santista.

A virada era inevitável. Aos 14, Jorge Wagner recebeu cruzamento da direita, se antecipou à marcação e empurrou para o gol. O gol sofrido acordou o Peixe, e as mudanças de Vanderlei Luxemburgo também ajudaram. Felipe Azevedo e Madson foram substituídos por Róbson e Jean, respectivamente. Não que os dois que entraram tenham sido brilhantes, mas melhoraram um o toque de bola santista. Aos 21, em boa triangulação, Triguinho desceu pela esquerda e cruzou no meio da área. Róbson, sozinho, subiu para cabecear e empatar a partida.

Mas não houve tempo para comemorar. Aos 22, o fim de um jejum. Dagoberto sofreu falta de Astorga na entrada da área. Rogério Ceni bateu e voltou a balançar as redes após um ano. A última vez havia sido no dia 19 de outubro de 2008, no empate em 2 a 2 com o Palmeiras. E ainda havia mais emoção por vir, pois o Santos partiu com tudo para cima do São Paulo. Aos 33, Jean escapou livre pela direita e sofreu falta de Ceni quando iria dribá-lo e entrar cara a cara com o gol vazio. O goleiro era o último homem e acabou levando o cartão vermelho.

Após a saída de seu capitão e com a vantagem no placar, o São Paulo se trancou. Foi bombardeado pelo Peixe, mas conseguiu segurar o placar e o seu lugar entre os quatro mais bem colocados do Brasileirão.



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