Em reais, o valor corresponde a R$ 103,5 bilhões e representa um crescimento de 417% em relação ao mesmo período de 2020. Naquele ano, o mercado movimentou 351 mil BTC, mas o valor em reais foi de apenas R$ 20 bilhões.
A Binance liderou o volume total, com 122.046,77 BTC negociados, 29,77% do volume anual. Na sequência vieram as exchanges BitPreço e Mercado Bitcoin em segundo e terceiro lugares, respectivamente.
O volume da BitPreço em 2021 foi de 54.977,58 BTC, ou 13,41% das negociações, enquanto o Mercado Bitcoin movimentou 54.016,97 BTC.
Cabe destacar que o cálculo leva em consideração o volume declarado pelas exchanges brasileiras conforme os termos da Instrução Normativa 1.888 (IN 1.888).
De acordo com o CoinTraderMonitor, uma série de fatores explicam a elevação do volume em reais. O primeiro deles foi a evolução no preço médio do BTC em 2021, que cresceu 447%. Enquanto um BTC valia em média R$ 58.041,26 em 2020, o preço do ano passado chegou a R$ 259.737,66.
Outro fator diz respeito à desvalorização da moeda brasileira em relação ao dólar, que atingiu mais de 7% em 2021. Como o preço do BTC é cotado em dólar, esta depreciação serviu para elevar o valor da criptomoeda em reais.
No entanto, o fator câmbio teve menor impacto do que a demanda pelo BTC e a sua valorização em si. De fato, o desempenho da criptomoeda atingiu 69,99% no ano, saindo de R$ 153.476,04 em 1 de janeiro para R$ 260.894,18 no dia 31 de dezembro.
"O menor valor de fechamento do Preço Bitcoin Brasil aconteceu no próprio dia primeiro de janeiro, feriado nacional. Em contraponto, o maior valor de fechamento foi de R$ 375.649,96 no dia 8/11/2021. Se um investidor tivesse comprado R$ 10.000,00 em Bitcoins no dia primeiro de janeiro, ele poderia ter vendido a criptomoeda no final do ano e recebido R$ 16.999,01", diz o relatório.
Quanto ao volume mensal, maio foi o mês com mais atividade do mercado, registrando 52.595,17 BTC (R$ 12,4 bilhões). Em contrapartida, dezembro registrou apenas 24.407 BTC, o pior mês do ano. O mês de janeiro registrou um volume acima da média, com mais de 34 mil BTC negociados.
O alto volume de maio se deve por causa da volatilidade do BTC naquele mês, sobretudo pela decisão da Tesla em voltar atrás e não aceitar BTC como meio de pagamento. Adicionalmente, foi naquele período que a China intensificou a repressão aos mineradores e também às exchanges no país.
Ambas as atividades seriam proibidas por lá algumas semanas depois, o que levou junho a registrar o terceiro maior volume de negociação do ano.
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