25% das escolas do Piauí não têm água filtrada

Balanço do TCE-PI levou à criança de um app para fiscalizar a situação

Gilson Araújo mostra o app Piauí na Ponta do Lápis | Gabriel Paulino
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Um diagnóstico recente do Tribunal de Contas do Estado do Piauí (TCE-PI) mostra o atraso das escolas públicas do interior. Cerca de 25% das unidades auditadas não têm sequer água filtrada. O balanço negativo é um recorte que mostra a necessidade de fiscalização, de forma ampla e por quem, de fato, utiliza estes espaços públicos. Pensando nisso, foi criado o aplicativo Piauí Na Ponta do Lápis.

App Piauí na Ponta do Lápis fiscaliza escolas. Crédito: Gabriel Paulino.Através da plataforma, mães de alunos, professore e os próprios estudantes poderão registrar problemas identificados nas escolas, seja de ordem estrutural ou não. O app também faz a busca-ativa de problemas, com um questionário preliminar que é encaminhado aos alunos na tela do smartphone.

A iniciativa tem como objetivo aproximar a população dos gestores, que deverão dar prazos para a resolução de problemas reportados. “O Tribunal de Contas percebeu que os alunos e pais de alunos queriam ouvir e ser ouvidos na tomada de decisões. Os usuários de política de educação poderão responder questionários e fazer relatos sobre a situação da escola”, explica Gilson Araújo, auditor externo do TCE-PI.

Gilson Araújo, auditor externo do TCE-PI.

A ferramenta é de fácil uso, e poderá contribuir para um ensino de melhores condições. “Eles poderão dizer que a janela da sala está quebrada, por exemplo. Ele vai encaminhar uma foto, a informação vai chegar no diretor, secretário de educação e até o prefeito”, acrescenta Gilson Araújo.

O auditor externo revela que muitos problemas precisam ser sanados tanto pelas prefeituras como pelo Governo do Estado. “Nós visitamos 39 escolas, e 10 não tinha água filtrada. Esse tipo de problema poderia ser resolvido pelo aplicativo, pois os alunos, anonimamente, poderiam fornecer essas informações”, conta.

Araújo revela que é preciso colocar o aluno como participante deste processo. “Às vezes o aluno tem medo de levar alguma informação. Acham que poderão sofrer retaliações, por exemplo. Mas o aluno tem poder de decisão dentro da escola. Existem conselhos de pais, de alunos, mas os jovens hoje se comunicam por meio de aplicativo, por meio de redes sociais. Queremos aproximá-los dos gestores”, finaliza.



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