400 empresas querem pesquisar minérios no Piauí

Para o DNPM, a demanda por pesquisas minerais no Piauí está elevada por causa da grande variedade de minérios do Estado.

400 empresas querem pesquisar minérios no Piauí | Reprodução
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Na intenção de desenvolver estudos e projetos de pesquisas dos recursos minerais encontrados em solo piauiense, diversas em-presas estão buscando o estado para a extração de recursos naturais. O Piauí é o segundo estado do Nordeste com maior incidência de minérios. Apenas neste ano o Departamento Nacional de Pesquisa e Mineração recebeu mais de 400 pedidos de pesquisa e extração, segundo Evaldo Freitas Lira, superintendente do órgão.

A demanda elevada pela pesquisa de minérios está justificada no fato de o Piauí ser uma das novas promessas da mineração, já que pesquisas preliminares apontam níveis elevados de uma diversificada leva de minerais, como níquel, fosfato, diamante, mármore, cobre, zinco, calcário e minério de ferro, importantes para aquecer o mercado da construção civil e para o desenvolvimento da economia do país.

De acordo com o superintendente do DNPM, mais de 30 empresas estão em processo de instalação no Piauí, dentre elas a Vale, Votorantim e Benisa, companhia do ramo de rolamentos que atende as indústrias siderúrgica, ferroviária e petrolífera. Ela chega ao estado para extrair minério de ferro, encontrado em alta quantidade nos municípios de Curral Novo, Simões e Jaicós.

?Nosso estado tem um potencial promissor e está despontando na questão da extração de minerais. Recebemos uma média de 50 requisições de pesquisas por mês, o que é um número de fazer inveja a outros estados. Com o crescimento da construção civil em todo o país, várias empresas de cimento estão se instalando em Buriti dos Lopes e ou-tros municípios do estado, aqui elas encontram matéria-prima de qualidade?, fala Evaldo Freitas.

Os municípios de Coronel Gervásio de Oliveira e Paulistana estão cheios de razões para comemorar. A Vale já investiu cerca de R$ 50 milhões de reais em pesquisa para extrair a reserva de 90 milhões de toneladas de níquel em Gervásio Oliveira. Em Paulistana, o processo de exploração do minério de ferro é acelerado, pois o município possui uma estimativa de 400 milhões de toneladas do minério.

Ferrovia será decisiva para a vinda de outras mineradoras

A instalação de novas empresas de exploração mineral no Piauí depende de uma série de fatores. Além da constatação da presença de minérios na área, as companhias precisam operar com uma margem de lucro.

Para o superintendente do Departamento Nacional de Pesquisa e Mineração no Piauí (DNPM), Evaldo Freitas Lira, dois quesitos precisam ser colocados em prática para que as indústrias enxerguem o Piauí como um estado rentável. Uma delas é a conclusão da ferrovia Transnordestina, que diminuirá consideravelmente os gastos com transporte da matéria ex-traída, e está prevista para funcionar a partir de 2013.

?Outro fator que contaria a nosso favor seria uma maior atenção das Secretarias de Desenvolvimento do Estado. Elas impõem uma lentidão desnecessária aos processos de implantação de indústria e não investem em infraestrutura. Em Santa Filomena uma empresa de mineração está parada porque não há rede elétrica na área e a Eletrobras não tem previsão de quando implantará as linhas de energia. Falta uma ação mais atuante para fomentar a vinda de investidores?, pontua.

Extração de pedras preciosas está em alta em municípios

A extração de pedras preciosas e ornamentais no interior do está em ritmo acelerado e o município de Pedro II continua sendo a menina dos olhos dos mineradores. A região, que abriga a única reserva de opala do Brasil, abriga uma série de cooperativas que trabalham na obtenção da pedra.

Segundo Evaldo, a atividade poderia ser potencializada se as cooperativas parassem com a cultura extrativista e tivessem uma maior visão mercadológica. ?Muito se perde com o garimpo artesanal. Eles poderiam valorizar mais o produto se mudassem a lógica de extração?, afirma o superintendente do DNPM.

Já a cidade de Gilbués está extraindo diamantes a todo vapor. Mais de três mil quilates certificados da pedra mais cobiçada do mercado foram comercializado para o exterior e o número continua a subir, já que a jazida encontrada no município supera os dois milhões de quilates. Apenas a produção de quartzito está deficitária, pois a indústria sofreu uma queda em função da crise mundial.

?Como os maiores compradores da pedra eram os países europeus, houve uma queda substancial de mais de 50% na exportação do mineral. O que é uma pena, pois o mercado nacional não consegue suprir a demanda?, aponta.



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