Ações marcam dia de combate ao trabalho infantil

A campanha de combate ao trabalho infantil foi lançada na quarta-feira (12), na Praça da Bandeira

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O dia 12 de junho é o Dia Mundial de Enfrentamento ao Trabalho Infantil. Essa grave violação dos direitos humanos impede crianças e adolescentes de conseguir um desenvolvimento adequado e as colocam em situação de vulnerabilidade social, privando-as de uma vida justa e digna.

A realidade que o país se encontra é preocupante. O Ministério Público do Trabalho (MPT) registrou, entre 2014 e 2018, mais de 21 mil denúncias de trabalho infantil. O cálculo do MPT aponta que haja 4,3 mil denúncias de trabalho infantil por ano. Como forma de combate a essa situação que prejudica  jovens e crianças, foi lançado na quarta-feira (12), na Praça da Bandeira, a campanha de combate ao trabalho infantil,    por meio da Secretaria Municipal de Cidadania, Assistência Social e Políticas Integradas (Semcaspi).

Crédito: José Alves Filho

Franciana Beleense, coordenadora de Ações Estratégicas do Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (AEPETI), disse que as ações serão contínuas. “Uma vez por mês, nós escolhemos espaços públicos em Teresina para entrega de material informativo e debates com a população sobre a importância de tornar nossas crianças e adolescentes livres do trabalho infantil”, contou. 

Franciana informou que, junto ao Fórum Estadual de Trabalho Infantil, serão solicitadas mais vagas estabelecidas em lei para empresas adotarem o sistema de profissionalização Jovem Aprendiz, a fim de garantir o trabalho de forma legal e sem perder a perspectiva da educação.

O Centro de Convivência Novos Meninos, que acolhe crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade, teve uma presença importante no evento. As crianças e os adolescentes produziram e apresentaram o jingle “Criança não deve trabalhar, infância é para sonhar”, que também é tema da campanha, cantado pela banda Novos Meninos e Novas Meninas. 

Crédito: José Alves Filho

A coordenadora do Centro de Convivência Novos Meninos comenta a importância de levar as crianças para o debate sobre o tema. “Ainda estamos diante de dados de crianças sofrendo com o trabalho infantil. Crianças fora de escola, colocadas em situação que prejudicam o crescimento e que acabam deixando de ir à escola para levar o sustento para casa”, explicou.

Adiele Raquel tem 10 anos e já reconhece os seus direitos “Criança não deve trabalhar e sim estudar para aproveitar a infância. Os pais que devem fazer o trabalho”, fala.  

Crédito: José Alves Filho

É preciso dizer não à exploração

Célio Luiz Barbosa, coordenador geral da Fazenda da Paz e um dos cofundadores da Confederação Nacional de Comunidade Terapêutica do Piauí, comenta que é preciso dizer não ao trabalho infantil. 

“Nós temos que trabalhar o ano todo para não deixar a criança e o adolescente sendo vítima de exploração. Nós temos que trabalhar nas ações para combater a  questão da exploração sexual, que infelizmente no Nordeste todo e nosso Piauí não está fora”, comenta. 

Na terça-feira, Célio esteve com a Secretária Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente, Petrúcia de Melo Andrade, para aprimorar uma parceria que vise atender com qualidade o adolescente e impor cidadania no enfrentamento aos problemas que cercam o adolescente. 

O evento contou com o apoio do Fórum Estadual do Trabalho Infantil, do Fórum dos Direitos da Criança e do Adolescente do Município de Teresina e do Fórum Estadual de Abuso e Exploração Sexual do Piauí. 



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