Advogado dá voz de prisão a desembargador durante discussão em audiência

A briga toda começou porque o desembargador Milton Vasques mudou o voto na questão julgada; Foi pedido a retirada do advogado do plenário.

Advogado dá voz de prisão a desembargador durante discussão em audiência | Divulgação
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Um advogado deu voz de prisão a um desembargador durante uma audiência no Tribunal Regional do Trabalho da 3ª Região, em Minas Gerais, na última quarta-feira (21/9).

A gravação em vídeo da sessão mostra o momento em que há um desentendimento entre o advogado Tiago Jonas Aquino e o desembargador Milton Vasques Thibau de Almeida.

Advogado dá voz de prisão a desembargador durante discussão em audiência (Foto: Divulgação)Durante um bate-boca entre os dois, o desembargador pediu a retirada do advogado do plenário. Em resposta, Jonas Aquino deu voz de prisão ao desembargador.

“Se o senhor decretar minha prisão, eu decreto a do senhor. Todos podem dar voz de prisão quando presenciarem um crime. Então, vossa excelência também está preso em flagrante delito por abuso de autoridade”, disse o advogado.

Entenda

A briga toda começou porque o desembargador Milton Vasques mudou o voto na questão julgada e, diante disso, o advogado Jonas Aquino pediu para fazer uma nova sustentação oral, o que foi negado.

Depois de pedir a prisão do desembargador, o advogado foi retirado do plenário pela Polícia Federal e os desembargadores decidiram suspender a sessão.

Previsão legal

A possibilidade de voz de prisão em flagrante é prevista no artigo 301 do Código de Processo Penal (CPP), que diz: “qualquer do povo poderá e as autoridades policiais e seus agentes deverão prender quem quer que seja encontrado em flagrante delito”.

Ainda de acordo com o Código, considera-se em flagrante delito quem está cometendo ou acaba de cometer um crime, quem é perseguido logo após a situação ou é encontrado logo depois com instrumentos, armas, objetos ou papéis que façam da pessoa a autora da infração.

Leia Mais

No briga travada entre o advogado e o desembargador, o crime alegado foi de abuso de autoridade. Ao final, no entanto, os trabalhos foram suspensos e nem um, nem outro foi preso.



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