Aeroportos têm segurança reforçada para impedir fuga de Adail, diz PM-AM

Defesa de prefeito de Coari afirmou que ele se apresentará à polícia. Adail Pinheiro e outras cinco pessoas tiveram prisão decretada por pedofilia.

Prefeito acusado de pedofilia | Reprodução/Internet
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O policiamento nos aeroportos e portos de Manaus e interior do Amazonas foi reforçado após ser decretada a prisão do prefeito de Coari, Adail Pinheiro (PRP), e de mais cinco suspeitos de integrar uma rede de exploração sexual de crianças e adolescentes. De acordo com a Polícia Militar (PM), a medida é de segurança, para evitar possíveis fugas. Ao G1, a defesa do prefeito garantiu que ele deverá se entregar à polícia.

Segundo o Comando de Policiamento no Interior, o efetivo foi reforçado em todas as saídas de municípios próximos a Coari e de Manaus. A PM deve cumprir os mandados de prisão em parceria com a Polícia Civil.

Em entrevista do G1, o advogado de Adail Pinheiro, Alberto Simonetti Neto, informou que o prefeito se apresentará à polícia. "Fizemos o pedido de resguardo à integridade física dele. Assim que obtivermos uma resposta, ele vai se apresentar", afirmou Simonetti.

No fim da tarde da sexta-feira (7), o desembargador Djalma Martins da Costa decretou a prisão preventiva do prefeito de Coari, Adail Pinheiro, atendendo a uma solicitação do Ministério Público do Amazonas (MPE-AM), que quer ainda o afastamento de Adail da Prefeitura de Coari, município a 363 quilômetros de Manaus. Outras cinco pessoas também tiveram a prisão decretada. Os seis suspeitos foram denunciados pelo MPE por formação de quadrilha, exploração sexual de crianças e adolescentes e estupro de vulnerável. Os supostos casos de pedofilia no município de Coari vêm sendo revelados em reportagens do programa Fantástico, da Rede Globo, desde o mês de janeiro.

De acordo com informações do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM), os detalhes do processo (nº 0003606-63.2014.8.04.0000) não podem ser informados, pois o mesmo tramita sob segredo de justiça. Adail é suspeito de envolvimento em uma rede de exploração sexual de crianças e adolescentes.

Denúncias

Na Justiça do Amazonas, o prefeito possui três inquéritos policiais - relacionados a crimes de exploração sexual de crianças e adolescentes e favorecimento à prostituição - em andamento, uma denúncia já recebida pela corte, e o novo pedido, que poderá se transformar em outra ação penal contra o acusado.

Na quarta-feira (5), o TJAM apresentou um relatório com todos os processos de Adail Pinheiro em tramitação no judiciário estadual. Ao todo, 56 processos estão ativos, sendo 34 ações na Comarca de Coari e 22 processos em Manaus.

Em visita ao município de Coari nesta semana, o Ministério Público do Estado do Amazonas (MPE-AM) coletou novas denúncias contra o prefeito Adail Pinheiro (PRP). Segundo o promotor responsável pelo caso, Fábio Monteiro, as supostas novas vítimas eram crianças com idade entre nove e 11 anos.

Ao G1, o promotor contou que as novas denúncias apontam crianças entre nove e 11 anos de idade como os supostos principais alvos de Pinheiro. As abordagens, de acordo com o MP, também eram feitas por servidores públicos. "Segundo vítimas e familiares ouvidos, servidores, a mando do prefeito, ofereceram diversos bens, como casas, terrenos e dinheiro em troca das meninas", revelou.

Justiça Federal

A ministra da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência República, Maria do Rosário, disse que deve solicitar ao Ministério Público Federal que os processos que envolvem acusações de envolvimento do prefeito de Coari, em casos de pedofilia sejam transferidos da Justiça do Amazonas para a Justiça Federal. A informação foi divulgada durante reunião com membros da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, integrantes do judiciário e da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), em Brasília, na última terça-feira (4).



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