Agressor de Jair Bolsonaro passa por exames psiquiátricos dentro de presídio

Ele é acusado de dar uma facada no presidente Jair Bolsonaro em Juiz de Fora

| Reprodução/GloboNews
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Adélio Bispo de Oliveira passou nesta terça-feira (15) por exames psiquiátricos complementares no presídio de Campo Grande (MS). Ele é acusado de dar uma facada no presidente Jair Bolsonaro (PSL) quando ele ainda era candidato e realizava ato de campanha em Juiz de Fora.

Segundo informações repassadas pela Justiça, após os exames realizados no dia 3 de dezembro do ano passado, a psiquiatra forense revelou a necessidade da realização de um eletroencefalograma e do Teste Psicológico Rorschach, que foi deferida pela Justiça e agendada para esta terça.

De acordo com a 3ª Vara Federal de Juiz de Fora, o perito tem o prazo de 10 dias (prorrogáveis em casos excepcionais) para apresentar o laudo pericial. O resultado apontará um dos três caminhos possíveis: sanidade, insanidade total ou insanidade parcial.

De acordo com o advogado, Zanone Manuel Junior, a defesa não acompanhou o exame na penitenciária e vai aguardar o resultado para posterior análise de uma psicóloga.

“A defesa não acompanhou o exame. Temos uma psicóloga de SP que será nossa perita auxiliar e ela disse que o teste é muito subjetivo e o profissional precisa de tranquilidade para analisar as respostas do paciente. Por isso, a nossa perita fará a análise a partir do resultado do exame”, declarou.

Em outubro do ano passado, Savino mandou abrir o chamado "incidente de insanidade", realizado por peritos e cujo objetivo é avaliar a sanidade do agressor. Com isso, o processo sobre Adélio na Justiça ficou suspenso por 45 dias.

Adélio Bispo já foi submetido a um exame, a pedido da defesa, que apontou transtorno grave.

Na prática, a estratégia da defesa de Adélio Bispo é retirá-lo das penas previstas na Lei de Segurança Nacional, na qual ele foi indiciado pela Polícia Federal, e tratar o caso como insanidade. Nesta hipótese, a pena não é cumprida na prisão e a punição é diferenciada.

Fábio Motta/Estadão Conteúdo 

Agressão em Juiz de Fora

No dia 6 de setembro, Bolsonaro participava de um ato de campanha em Juiz de Fora e levou uma facada na região abdominal.

Inicialmente, o então candidato a presidente passou por uma cirurgia na Santa Casa da cidade e, no dia seguinte, foi transferido para o Hospital Albert Einstein, em São Paulo.

Logo após praticar a agressão, Adélio foi imobilizado por pessoas que estavam no local e detido pela Polícia Federal em Juiz de Fora. De lá, foi para o Centro de Remanejamento Prisional (Ceresp) da cidade mineira e, em seguida, foi transferido para o presídio de Campo Grande.

Logo depois da prisão, a defesa de Oliveira pediu que fosse realizado um exame de sanidade, o que foi negado pela 3ª Vara Federal de Juiz de Fora. Um exame particular então foi feito e a avaliação apontou “transtorno delirante grave”.

A equipe de advogados solicitou um novo laudo da Justiça Federal, contendo o documento protocolado com um laudo médico, e foi atendida. A partir daí, a Justiça Federal informou que o processo passou a tramitar em segredo de justiça e que, portanto, não poderia fornecer nenhuma informação sobre o assunto.

Investigação

No dia 28 de setembro, a Polícia Federal concluiu a investigação do ataque e indiciou Oliveira por prática de atentado pessoal por inconformismo político, crime previsto na Lei de Segurança Nacional.

O inquérito afirma que ele agiu sozinho no momento do ataque e que a motivação “foi indubitavelmente política”.

Ao todo, Bolsonaro ficou internado por 23 dias. Durante este período, o candidato postou vídeos e mensagens nas redes sociais para falar sobre o estado de saúde e sobre o cenário político.



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