Alunos do Piauí tiveram mais tempo dedicado aos estudos na pandemia

Estudo da FGV com dados do IBGE mostra o impacto do afastamento da escola em diferentes faixas etárias

PMT | Divulgação
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A pandemia aprofundou ainda mais a desigualdade entre os brasileiros em relação à educação. Estudo publicado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostra o impacto do afastamento da escola em diferentes faixas etárias. Mesmo com a pandemia, os alunos piauienses tiveram mais tempo dedicado aos estudos: 2,49 horas/dia e 2, 78 horas/dia, superando a média nacional.

O diagnóstico está nas crianças, elas sentiram na pele e foram as que mais sofreram com as desigualdades da educação com o ensino remoto. 

Nas escolas particulares os professores foram protagonistas com as câmeras para as aulas remotas, exploraram todas as ferramentas tecnológicas e investimentos. O resultado é que o número de horas dedicados aos estudos foi bem maior do que na rede pública.

Nas escolas estaduais e municipais o grande desafio — mesmo com as portas fechadas — era como transmitir conteúdo para alunos que não tinham nem espaço adequado em casa ou computador para assistir as aulas. Para muitos estudantes, o ano foi perdido.

Mesmo com aulas remostas, alunos do Piauí são os que mais se dedicam aos estudos- Foto/Divulgação PMT-2020

A partir de dados do IBGE, a Fundação Getúlio Vargas avaliou o tempo dos estudos dedicados pelos alunos no primeiro ano de pandemia, em 2020. E as conclusões não são boas.

Por idade, de 10 a 17 anos os alunos estudaram pelo menos 2 horas por dia. Acima de 18 anos, não chegou a uma hora, e quanto mais velho é o aluno, menor foi o tempo dedicado aos estudos.

Conforme a lei de Diretrizes de Bases Educacionais- LDB, um aluno deve estudar no mínimo 4 horas por dia.

Alunos do ensino médio tiveram melhor tempo dedicado aos estudos, diz FGV-Foto: Seduc PI

Desigualdades 

Quando se compara a rendas dos alunos, os mais ricos estudaram mais que a média, 3,19 horas/dia já os mais pobres não atingiram a média 2,04 horas/dia. A média obedecida seria de 2,37 horas/ dia.

Piauí é o estado onde alunos estudam mais

A pesquisa também mostrou a desigualdade regional no país. No mapa quanto mais escuro a cor, mais o aluno estudou. O Piauí foi um dos estados onde os alunos tiveram mais tempo dedicado aos estudos na pandemia 2,49 horas/dia alunos de 6 a 15 anos, e 2, 78 horas/dia alunos de 16 a 17 anos. A região mais excluída dos estudos na pandemia foi a região Norte.

O resultado mostra o esforço das Secretaria Municipal de Educação - SEMEC  e da Secretaria Estadual de Educação do Piauí - Seduc, em levarem a melhor educação, seja remota ou no formato híbrido, aos estudantes. 

 2,49 horas/dia é o tempo  dedicados pelos estudantes de 6 a 15 anos em aulas remotas no PI

 2, 78 horas/dia é o tempo dedicado por alunos de 16 a 17 anos em aulas remotas no PI

Os especialistas afirmam que um ano parado sem escolas é um dano muito maior que se pensa. É através da educação que pessoas mais pobres podem ter oportunidade na vida, conseguir um emprego melhor. A educação é a vacina para a desigualdade.

Entre as capitias, Teresna tem média de 2,71 horas/dia dedicada ao tempo gasto por alunos na pandemia



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