Alzenir Porto permanece na Jucepi e diz que a regra é desburocratizar

O governador eleito Rafael Fonteles (PT) anunciou a permanência de Alzenir Porto na presidência da Junta Comercial do Piauí (Jucepi). Alzenir também é presidente da Federação Nacional das Juntas Comerciais (Fenaju) e tem realizado um trabalho de desburocratização para a abertura de empresas no Piauí, com repercussão nacional. 

Rafael Fonteles anunciou o nome de Alzenir através do Twitter. 

“Agradeço à atual presidenta da Federação Nacional das Juntas Comerciais (Fenaju), Dra. Alzenir Porto, por aceitar a missão de ser a presidenta da Junta Comercial do Piauí (Jucepi)”, disse.

Alzenir Porto, presidente da Jucepi. Crédito: Divulgação.

Alzenir está na chefia da Jucepi desde 2015, quando foi a primeira mulher da história a assumir a presidência da autarquia pública. O trabalho da técnica atravessou governos e permanece como um exemplo de eficácia na execução do serviço público. De lá para cá, foi possível reduzir o tempo de abertura de uma empresa de semanas ou meses para poucos minutos. 

Jucepi é uma das instituições mais antigas do Piauí. Foi instituída ainda no século XIX, através da Lei Nº10 de 21 de junho de 1892. Depois ela foi extinta em 1897 e retornou no dia 4 de julho de 1921. No entanto, foi somente através da Lei Nº4.541 de 28 de dezembro de 1992 que a Jucepi foi instituída como autaquia estadual. A Junta Comercial realiza o registro de empresas e atividades mercantis, habilitação e nomeação de tradutores públicos, intérpretes comerciais, leiloeiros e administradores de armazéns gerais. 

A Jucepi também é responsável pelo arquivamento dos atos relativos às sociedades mercantis, declarações de microempresas, além de prestar informações do cadastro de empresas e a autenticação de documentos arquivados, contribuindo para o desenvolvimento socioeconômico do Piauí. 

Uma transformação tecnológica 

Alzenir Porto conta que a grande virada de chave da Jucepi foi o processo de modernização dos serviços através da digitalização dos processos. O sistema da Junta Digital começou em 2018. 

"Em 2019 a gente foi testado porque chegou a pandemia. Então tudo do físico foi pro digital em uma única plataforma. Existia uma certa resistência, o que é normal, mas com a pandemia foi visto que foi algo necessário em razão do isolamento social. Isso melhorou os serviços”, lembra a presidente.

Na época foi criado um setor de suporte, onde os contadores passaram as dificuldades e o sistema foi sendo ajustado. Assim foi possível garantir maior celeridade ao atendimento. 

"Estamos integrados e melhorando no ambiente virtual. Temos o Corpo de Bombeiros, Anvisa e prefeituras em um único espaço”, acrescenta.

Alzenir conta que a idea é expandir e melhorar cada vez mais o serviço para que o empresário e o empreendedor possa ter segurança e celeridade. 

"Os empresários quando decidem empreender precisam de agilidade em razão dos custos. Nosso olhar deve ser generoso para que cada vez mais empresas sejam abertas”, considera.

26 mil empresas abertas 

Até outubro de 2022 foram 6,6 mil empresas abertas, com os MEI a soma é de 26 mil novos CNPJ. 

"A gente coloca separado porque o microempreendedor pode contratar até duas pessoas e previdência, então ele já sabe o que ele vai pagar de impostos. É como se fosse um estágio para empreender em outras modalidades. É algo de grande relevância e sinto orgulho de ver muitas pequenas empresas. Temos uma pirâmide onde as microempresas estão na base suportando a crise, se mantendo. Para nossa economia isso é de grande relevância e emprega muito, são empregos duradouras”, considera Alzenir Porto.

Desburocratizar é a regra de Alzenir na Jucepi. Crédito: Divulgação.

A presidente da Jucepi afirma que é necessário acolher o empreendedor. 

"Devemos estender um tapete vermelho e agradecer por essa pessoa gerar empregos, impostos e fomentando a economia. A gente cobra dos filhos passar num concurso público. Mas nosso olhar deve se voltar aos jovens para facilitar o empreendedorismo”, considera.

Para isso, Alzernir quer aproximar os jovens da Jucepi. 

“Queremos criar situações de empreendimentos atrás das startups. Eles têm novas ideias. Tenho certeza que vamos ter sucesso com elas, pois o governador Rafael Fonteles tem uma cabeça jovem. Ele tem vontade de ver essa mudança. O Piauí será um berço de novos empreendedores”, finaliza.