Antes de morrer, idoso detalha para a neta como era espancado em asilo

Depoimento foi gravado em vídeo quando vítima, que tinha 91 anos, estava internada em um hospital de Maringá. Dona de asilo particular foi presa e instituição foi interditada na quarta (4)

idoso | reprodução
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O idoso de 91 anos que, segundo o Ministério Público do Paraná (MP-PR), foi maltratado em um asilo particular em Maringá, no norte do Paraná, contou para uma neta antes de morrer como foi agredido pela proprietária do local e por uma funcionária.

O relato gravado em vídeo faz parte do processo movido pelo MP-PR contra a instituição de longa permanência. Foi com essas provas que a prisão da proprietária foi decretada e cumprida na quarta-feira (4).

A situação foi descoberta após o idoso quebrar o fêmur e ser atendido em um hospital da cidade. Em um dos trechos ele deu detalhes das agressões.

Idoso relata agressões que sofreu dentro de asilo para neta

“Primeiramente, ela me deu um murro, quase afundou a cabeça para baixo. Pegou os dois dedos e cruzou na minha cabeça, na veia artéria e trancou. Eu quase morrendo afogado e ela trancando a minha veia”, disse o idoso.

À neta, que não teve o nome revelado, a vítima também contou que viu outros moradores serem agredidos.

“Vi ela maltratar. A japonesinha mesmo foi maltratada. Diversas lá passaram, cada uma pior que a outra. Lá aconteceu cada barbaridade. Ali era boca de siri. ‘Psiu, cala a boca, quem manda sou eu’. Acabou a história”, contou o idoso.

Ainda segundo as investigações, os moradores da instituição eram dopados. E esse teria sido o motivo da queda do idoso que morreu dias depois de ser internado em um hospital.

Além da prisão, o asilo foi interditado. Conforme a decisão judicial, a casa deverá ser fechada e os idosos deverão retornar para às casas das respectivas famílias em até 48 horas.

A proprietária e a filha dela estão proibidas de atuar em qualquer atividade com envolvimento de idosos.

"A institucionalização de uma pessoa idosa é excepcional e temporária. O Estatuto do Idoso prevê o direito da pessoa idosa de conviver no ambiente familiar, essa convivência deve ser privilegiada. A contratação de um cuidador ou de centros-dia, onde o idoso passa o dia e a noite fica em casa, são suficientes para preservar a autonomia e tirar o idoso de eventual situação vulnerável", disse a promotora Michele Nader.



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