Após liminar do TJ, greve dos enfermeiros é suspensa em Teresina

A direção do SENATEPI lamentou a postura da FMS e questionou a rapidez em que a liminar foi concedida.

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O Sindicato dos Enfermeiros, Auxiliares e Técnicos em Enfermagem do Estado do Piauí (SENATEPI) informou, nesta sexta-feira (5), que diante da liminar concedida à Fundação Municipal de Saúde- FMS pelo Tribunal de Justiça-TJ, a paralisação agendada para iniciar hoje está temporariamente suspensa.

A direção do SENATEPI lamentou a postura da FMS e questionou a rapidez em que a liminar foi concedida.

Profissonais da sáude chegaram a realizar uma manifestação na terça-feira (3) (Foto: Senatepi)

“O sindicato  acredita que essa decisão só confirma a força e a importância da categoria na capital e reforça que vai continuar trabalhando para denunciar os cortes ilegais nos salários dos profissionais e busca alternativas junto a assessoria jurídica para reverter essa injustiça devendo entrar com recurso de Agravo de Instrumento”, diz o comunicado divulgado pelo sindicato.

O SENATEPI acrescentou ainda que mesmo com a suspensão da paralisação, muitos profissionais estão sem ter o mínimo de dinheiro para poder chegar a seus postos de trabalho por conta dos cortes salariais.

Em decisão liminar concedida nesta quinta-feira (04), o desembargador Hilo de Almeida Sousa decretou a ilegalidade da greve dos enfermeiros e técnicos de enfermagem da rede pública municipal de Saúde de Teresina, que iniciaria nesta sexta-feira (05).

A liminar determina que os grevistas cumpram integralmente, sem qualquer restrição, o dever legal de exercer as atividades próprias dos cargos que ocupam, sob pena de multa diária no valor de R$ 40 mil, bem como a vedação a quaisquer membros da categoria de ocupar qualquer prédio público ou, caso já o tenham, que desocupem e se abstenham de impedir o acesso de quaisquer pessoas às repartições públicas.

A Ação de Declaratória de Abusividade de Greve, ajuizada pela FMS, alegou que a realização do movimento paredista dos profissionais de saúde representados pelo Sindicato dos Enfermeiros, auxiliares e Técnicos de Enfermagem do Estado do Piauí (Senatepi) agrava substancialmente a prestação do serviço público de saúde não apenas no município, como no estado como um todo, em especial tratando-se de período de enfrentamento à pandemia ocasionada pelo covid-19.

O documento argumenta ainda que a paralisação das atividades representa clara afronta ao direito fundamental à vida e à saúde. "O STF reconheceu a atividade de saúde pública como essencial, devendo ser prestada em sua totalidade, razão porque os servidores públicos da saúde do Estado do Piauí não são titulares do direito de greve, em exceção à regra que garante tal direito aos demais servidores públicos, pelo que reputa ser esta ilegal", destaca a ação.

Para a FMS, há o perigo de dano irreparável, pois a suspensão dos serviços prestados pelos profissionais de saúde de Teresina traz efetivamente dano ao Município que não pode cumprir seu dever constitucional de garantir saúde pública à população, em especial em momento de calamidade pública ocasionada pela pandemia.

Uma Audiência Pública realizada na última terça-feira (2) já havia definido que a FMS terá que apresentar as receitas e despesas que justifiquem as reduções dos pagamentos dos profissionais de enfermagem que atuam na linha de frente do combate da pandemia do novo coronavírus.

Manifestação

Na manhã de terça-feira, 02 de março, profissionais de saúde realizaram uma manifestação na frente da Prefeitura Municipal de Teresina, questionando as reduções que foram feitas no contracheque em relação aos vencimentos desse mês.

De acordo com Erick Riccely, presidente do Sindicato dos Enfermeiros, Auxiliares e Técnicos em Enfermagem do Piauí (Senatepi), a categoria está apenas lutando pelos seus direitos, já que estão na linha de frente da Covid-19.



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