Após morte de casal por peste bubônica, avião é colocado em quarentena

Casal contraiu a doença ao comer uma marmota contaminada. Fronteira do país com a Rússia tem bloqueio sanitário.

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Passageiros de um avião que ia para Ulaanbaatar, capital da Mongólia, foram colocados em quarentena na sexta-feira (3) após a morte de duas pessoas por peste bubônica em Uglii, também na Mongólia.  Onze passageiros foram encaminhados diretamente para hospitais enquanto 150 foram examinados no aeroporto de Ulaanbaatar, segundo informações da revista Newsweek. Turistas europeus estão presos na cidade de Uglii, que também está em quarentena.

O casal foi infectado após caçar e ingerir a carne de uma marmota. Um controle de fronteira entre Uglii e a cidade russa de Novosibirsk está fechado para evitar que a doença se espalhe. As informações são do G1.

A bactéria Yersinia pestis causa a peste, doença que pode aparecer em duas formas: a bubônica ou a pneumônica. Entre 2010 e 2015, foram 3.248 casos relatados em todo o mundo. No século 14, a peste chegou a matar 50 milhões de pessoas na Europa, segundo estimativas da OMS.

A marmota é um mamífero roedor pouco maior que um esquilo — Foto: Pixabay


Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a peste pode matar em menos de 24 horas se não houver tratamento. A doença é causada pela bactéria Yersinia pestis, que é encontrada em pequenos mamíferos roedores. Conhecida também como peste negra, a bactéria matou mais de 1/3 da população europeia no século 14.

Conforme o jornal local 'The Siberian Times', o homem caçou a marmota na região de Uglii e se alimentou da carne do animal junto com sua esposa, que também morreu. Ele tinha 38 anos e sua morte foi confirmada no sábado (27). A esposa, de 37 anos, estava grávida e morreu três dias depois. Os dois eram nativos de Uglii.

"Apesar de ser proibido consumir marmotas no país, o paciente caçou o animal e comeu sua a carne junto com a esposa. A bactéria afetou o estômago dos dois", explica o médico N.Tsogbadrakh, diretor do centro nacional de zoonoses, em entrevista ao jornal 'The Siberian Times'.

Como a doença é altamente contagiosa, uma equipe isolou a cidade e turistas estrangeiros estão impedidos de sair de lá. O Ministério da Saúde do país afirma que a situação não é considerada crítica, mas que a quarentena na cidade pode durar até 21 dias.

Pelo menos 158 pessoas que tiveram contato com o casal morto estão sob supervisão médica na cidade. A fronteira de Uglii com a cidade russa de Novosibirsk está bloqueada até domingo (5).




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