A lancha que levava a modelo Caroline Bittencourt, que morreu após cair no mar durante um vendaval em Ilhabela (SP), foi submetida à perícia na manhã desta terça-feira (30). Segundo o G1, as informações obtidas no local vão compor o inquérito instaurado pela Marinha para apurar o acidente.
O trabalho durou 1h30 e foi conduzido por dois peritos, acompanhados de três militares. O acesso da imprensa não foi autorizado. No local foram feitas fotos, análise documental da embarcação e observadas características da lancha, para saber se havia algo quebrado ou solto. Não há prazo para conclusão da investigação.
Familiares e amigos se despediram da modelo nesta terça-feira (30) no Cemitério Memorial Parque Paulista, em Embu das Artes, na Grande São Paulo.
Por volta das 7h20, o corpo da modelo foi encaminhado da funerária e chegou ao cemitério às 8h10. O velório, restrito aos familiares e amigos, ocorreu até as 12h. A cerimônia de cremação terminou por volta das 13h.
A lancha, um catamarã, está atracada na marina Le Mar, no Pontal da Cruz, às margens da rodovia Rio-Santos, em São Sebastião. Ela foi rebocada da praia de Massaguaçu, em Caraguatatuba, onde foi encontrada na segunda-feira (29) naufragada.
A embarcação afundou após Caroline cair no mar e o marido, o empresário Jorge Sestini, pular na água para salvá-la. Com isso, a lancha ficou à deriva.
Segundo a Marinha, nenhum detalhe da vistoria desta terça pode ser informado para "proteção do inquérito". O comandante Wagner Goulart, responsável pelo inquérito na Capitania dos Portos de São Sebastião, disse apenas que, preliminarmente, nenhuma irregularidade foi encontrada. "O condutor é habilitado e os documentos estão em dia. Nosso trabalho de investigação é restrito à movimentação da embarcação no mar", disse.
O capitão disse ainda que o marido de Caroline, e testemunha do acidente, vai ser chamado a depor. Não foi informado prazo para que isso ocorra. "Ele vai ser chamado, vamos ouvi-lo, em momento oportuno. Agora é um momento de dor à família, então essa oitiva vai ser depois", afirmou.
Polícia Civil
Um inquérito também foi instaurado pela Polícia Civil nesta terça-feira para apurar a morte da modelo. O delegado Wanderley Pagliarini, responsável pelo inquérito instaurado pelo 1º DP de São Sebastião, considera que houve uma 'tragédia'.
"Nosso trabalho tem como foco avaliar se houve alguma irregularidade ou crime. Sabemos que o acontecimento se resume numa tragédia, mas o estado é responsável por apurar o que e como ocorreu efetivamente", disse.
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