O jornalista Arimatéia Azevedo teve o pedido de revogação da prisão preventiva domiciliar e de medidas restritivas profissionais, entre elas, o direito de exercer o jornalismo, negado na última quarta-feira (16), pelo juiz Washington Luiz Gonçalves Correia, da 8ª Vara Criminal da Comarca de Teresina.
No pedido a defesa de Arimatéia Azevedo alega que ele vem cumprindo com as determinações judiciais desdeo dia 12 de junho de 2020, não é reincidente e possui endereço e trabalho fixo. Ainda no argumento a defesa afirma que a liberdade do jornalista não trará transtornos à instrução criminal.
Leia Mais: Jornalista Arimateia Azevedo e professor são presos em operação
Na decisão, o magistrado afirmou que o processo de habeas corpus para tratar do pedido requerido já tramita no Superior Tribunal de Justiça - STJ, e que decidir sobre o objeto incidiria em desobediência à hierarquia e estrutura do Poder Judiciário. "Não caberia a este Juízo decidir sobre o objeto semelhante ao do Habeas Corpus que tramita no Superior Tribunal de Justiça" declarou.
O juíz então decidiu pelo indeferimento dos pedidos determinando que o jornalista aguarde o julgamento do pedido de habeas corpus no Superior Tribunal de Justiça.
Leia Mais: Arimateia Azevedo recebeu R$ 20 mil após extorquir médico em Teresina
Entenda o caso
O Greco (Grupo de Repressão ao Crime Organizado) investiga a suspeita de que Arimateia Azevedo tenha praticado extorsão qualificada contra um profissional liberal de Teresina. O jornalista foi preso preventivamente no dia 12 de junho e a polícia cumpriu mandados de busca e apreensão nas residências dele e do professor universitário suspeito de ser coautor do crime.
Leia Mais: Arimateia Azevedo: Celular de jornalista tem conversas bombásticas com autoridades do Piauí
Justiça havia concedido prisão domiciliar
A justiça havia convertido a prisão preventiva em domiciliar ao jornalista Arimateia Azevedo no dia 17 de junho por considerar o profissional do grupo de risco para a Covid-19. O desembargador Joaquim Dias de Santana Filho, da 2ª Câmara Especializada Criminal do Tribunal de Justiça, converteu a prisão preventiva em domiciliar considerando a condição de saúde do jornalista e em razão do risco de propagação do novo coronavírus, autorizada a saída unicamente em casos de atendimento médico emergencial.
Leia Mais: Arimateia Azevedo é transferido para Penitenciária Irmão Guido
Julgamento marcado
A 8ª Vara Criminal da Comarca de Teresina, através do juiz Washington Luiz Gonçalves Correia, agendou para o dia 30 de outubro de 2020, às 10h30min, a audiência de instrução e julgamento da ação penal em que são réus o jornalista Arimatéia Azevedo, proprietário de um portal de notícias em Teresina, e o professor da Uespi Francisco de Assis Barreto, acusados do crime de extorsão.
Participe de nossa comunidade no WhatsApp, clicando nesse link
Entre em nosso canal do Telegram, clique neste link
Baixe nosso app no Android, clique neste link
Baixe nosso app no Iphone, clique neste link