Associação da Juventude já qualificou mais de 7 mil jovens em Teresina

A Associação da Juventude do Município de Teresina conta com 32 empresas conveniadas, que absorvem a mão de obra

00 | Lucrécio Arrais
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A Associação da Juventude do Município de Teresina, que funciona no prédio do CSU do Parque Piauí, zona Sul de Teresina, transforma vidas, em um espaço que historicamente é lembrado pelo abandono. 

A partir de um incentivo da Secretaria de Estado da Cultura (Secult), a juventude se mobilizou para qualificar os jovens da região a preços populares. Isso permite a empregabilidade.

A Associação oferece cursos para a comunidade (Foto: Lucrécio Arrais)

O projeto oferece mais de 30 cursos de qualificação gratuitos, ou com pagamento de taxas de manutenção, para os jovens da zona Sul de Teresina. 

São mais de dois mil alunos já beneficiados e vários já foram direcionados ao mercado por meio de parcerias da associação com empresas. Entre os cursos oferecidos estão: promotor de vendas, operador de caixa, assistente administrativo, operador de telemarketing, libras, dentre outros.

Iago Pedro faz parte dessa juventude em ação. Ele começou em julho a ministrar aulas no projeto. Surdo-mudo, ele dá aula de libras às segundas, quartas e sextas-feiras. Com apenas 24 anos, o jovem professor se desdobra para multiplicar o ensino da língua de sinais. Ele trabalha em pelo menos quatro instituições. 

“Vim trabalhar aqui a convite do Jardel, que falou da necessidade de formar e profissionalizar jovens para o mercado. E o ensino de libras é uma porta para o mercado, pois está na política, na saúde, na economia, na televisão, na escola”, conta.

7.500 alunos já foram qualificados pelo projeto (Foto: Lucrécio Arrais)

O professor observa a necessidade de fomentar a inclusão social, destacando a pessoa com deficiência. “A inclusão está em tudo, então tem muita demanda nessa área. Para mim é muito gratificante poder ajudar esses jovens a, assim como eu, ter uma profissão”, considera.

São 32 voluntários no administrativo e nove professores. Muitos braços que acreditam numa causa, que já qualificou 7.500 alunos desde 2017, 800 foram encaminhados ao mercado de trabalho. Atualmente, 308 são jovens aprendizes e 115 estão empregados. O projeto também conta com 32 empresas conveniadas.

Juventude em busca de oportunidade

Um olhar para a juventude que está mais ansiosa e empobrecida em razão da pandemia, como alerta a Organização Mundial da Saúde (OMS). A verdade é que a falta de perspectiva é um gatilho negativo para os jovens que terminam o ensino médio e não conseguem uma vaga pelo Enem. Diante desta problemática, a própria juventude tomou uma atitude.

Jardel Ramos, diretor da Associação, afirma que tomou o projeto como missão. “O que enriquece nosso coração é a preocupação com nossos jovens. Eles precisam de um olhar diferente. Então nosso diferencial foi criar uma Associação da Juventude para dar um suporte maior a essas famílias”, explica.

 Jardel disse que o projeto é sua missão de vida (Foto: Lucrécio Arrais)

A capacitação para o ingresso no mercado formal foi muito procurada durante a pandemia do novo coronavírus. “Com a pandemia, fortalecemos a capacitação. E queremos inovar. A tecnologia está avançando, então queremos fazer os jovens estarem próximos a isso. Além disso, teremos uma sede maior no bairro Bela Vista, que vai ter cursos técnicos e o superior em libras”, revela Jardel.

Alunos aprovam qualidade dos cursos

Luis Eugênio tem 13 anos e está no curso de informática básica. “Comecei em julho, vim através de minha madrinha que trabalha aqui. Gosto muito, é uma experiência muito boa, além disso os professores são excelentes”, aponta.

Ana Vitória e Luis Eugênio são alunos do projeto (Foto: Lucrécio Arrais)Já Ana Vitória, de 17 anos, mira o grande sonho: o curso de Medicina. “Eu gosto bastante do curso. Estou aqui para aprimorar meus conhecimentos para usar em outras áreas. Todos deveriam fazer cursos como esse, principalmente os jovens. No futuro, quero fazer medicina, então preciso saber como funcionam os computadores”, considera.

A assistente social Maria Ione, de 28 anos, busca se especializar cada vez mais em libras. Ela é aluna do professor Iago Pedro. “Iniciei no curso de libras básico em fevereiro e agora estou em libras intermediário. O que me motivou foi minha formação em serviço social, e libras é uma disciplina especial no curso. Então resolvi aderir para a inclusão no serviço social”, finaliza.



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