Aumentam os casos de Covid-19 no mundo, especialmente na Europa

Contágio por covid-19 volta a crescer em vários países

vacinação | Blair Gable/Reuters
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Os números de casos de contágio, hospitalizações e mortes provocadas pela Covid-19 voltaram a crescer em várias partes do mundo, em países da América, Europa e ainda China e Rússia.

As razões que fazem elevar os casos de covid estão relacionados aos baixos índices de imunização na Europa Oriental e também ao maior número de pessoas em circulação de pessoas em regiões com vacinação avançada,  a exemplo do Canadá e Inglaterra, onde as mortes crescem em ritmo menor do que o número de casos.

Primeiro-ministro Boris Johnson tem acompanhado a vacinação na Inglaterra (Foto: Andrew Persons/Fotos Públicas)Segundo dados do Centro Europeu de Controle de Doenças, em uma semana, a Europa contabilizou 1.3 milhão de novos casos, o que representa uma alta de 7%. O problema com a pandemia é maior na Europa Oriental, com aumento do número de mortes na Romênia, Bulgária, Bósnia, Montenegro, Armênia, Macedônia do Norte, Geórgia, Sérvia, Moldova, Ucrânia, Bélfica e Letônia.

Na Romênia, onde foram registradas 226 mortes, a vacinação total atingiu apenas 31% da população, segundo a Universidade Johns Hopkins.

Alguns países cogitam a adotar medidas restritivas, como a Áustria, que está com a vacinação estagnada em 63%. O avanço da covid afeta países com alta vacinação. Nesses locais, porém, a vacina impede que as mortes cresçam no mesmo risco que as novas infeções. Na Bélgica, por exemplo, a média de mortes por 1 milhão de habitantes era de 82 há quatro semanas, número que só não é maior porque a vacinação completa no país atingiu 74%.

Ritmo da vacinação caiu no Canadá e os casos aumentaram - Foto: Blair Gable/Reuters

Já nas Américas, a situação preocupa em ao menos seis países, incluindo o "vacinado" Canadá. Mesmo com 74% de imunizados, o país enfrenta a quarta onda após queda no ritmo da vacinação em agosto: passou de 3,6 milhões de imunizados na semana de 4 de julho para 553 mil na de 24 de outubro. Assim, os casos saltaram sete vezes, de 2.500 para 18,2 mil, enquanto as mortes aumentaram em proporção menor, de 76 para 256 óbitos, na comparação entre a semana de 18 de julho e a de 24 de outubro. 

Professor da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, o infectologista Marco Aurélio Sáfadi reforça que "todas as vacinas aprovadas são extremamente eficientes para prevenir morte e hospitalização", mas "elas não têm a mesma performance para prevenir transmissão". "Então mesmo em lugares com vacinação avançada, como no Canadá, pode haver surtos e transmissão importante do vírus se outras medidas de contenção não forem tomadas", afirma o médico. 

China

Apesar de 75% dos chineses estarem totalmente vacinados, "desde 17 de outubro ocorreram vários surtos locais espalhados na China, e eles estão se expandindo rapidamente", afirmou no domingo (24) o porta-voz da Comissão Nacional de Saúde da China, Mi Feng. O surto de casos —não acompanhado de mortes— foi detectado pela primeira vez em 16 de outubro entre um grupo de Xangai que viajou por diversas províncias do norte da China, como Mongólia Interior, Gansu, Ningxia e a capital Pequim. Ao todo, 133 infecções foram relatadas até domingo, 106 ligadas a 13 grupos turísticos.

Rússia 

Se na China o aumento é pontual, a Rússia a pandemia nunca foi tão grave: foram 1.159 óbitos e 40.096 infectados em 28 de outubro, segundo dados do governo. Ao todo, o país contabilizou 142 mil casos na semana de 24 de outubro e 7 mil mortos no período, um recorde no país. O avanço por lá se deve à imunização de apenas 33% dos russos, embora eles tenham desenvolvido quatro vacinas, como a Sputnik V. Para mudar o quadro, o país criou um feriado de vacinação entre 28 de outubro e 7 de novembro.

E o Brasil? 

O infectologista da Santa Casa comemora a consolidação da campanha de imunização no Brasil. A grande vantagem, diz, é que "temos uma vacinação mais recente do que nos Estados Unidos, Israel e Reino Unido e por isso nossa imunidade ainda não caiu". "Mas não quer dizer que vencemos a guerra. É preciso continuar avançando: tem de dar a segunda dose a todos, vacinar as crianças e organizar uma flexibilização cautelosa e com vigilância atenta para retomar as medidas restritivas se necessário", afirma.



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