Fim do auxílio emergencial deixará 48 milhões sem ajuda do governo

Governo deposita, nesta terça-feira, a última parcela do benefício lançado para ajudar brasileiros impactados pela crise econômica. A partir de agora, só quem estiver com alguma contestação em análise tem chance de receber. Prazo para recorrer termina hoje

Auxílio chega ao fim após meses de ajuda a população -Foto: Ag. Brasil | -Foto: Ag. Brasil
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BRASÍLIA — Com o fim do auxílio emergencial, 48 milhões de pessoas, sobretudo trabalhadores informais, ficarão sem ajuda financeira do governo federal a partir de janeiro, apesar do aumento de casos de Covid-19 e das restrições impostas a alguns setores para evitar aglomerações. A última parcela será paga pela Caixa Econômica Federal nesta terça-feira.  Informações do Correio Braziliense e o Globo.

A Caixa Econômica Federal deposita o auxílio emergencial para 3,2 milhões de brasileiros hoje. E, com isso, encerra os pagamentos do benefício que tem ajudado a sustentar 68 milhões de brasileiros na pandemia de covid-19. Por isso, só quem está com algum processo de contestação em aberto ainda terá chances de receber o auxílio a partir de agora.

Criado com o intuito de amparar os trabalhadores informais e as pessoas mais vulneráveis durante a pandemia, o auxílio emergencial custou R$ 321,8 bilhões. Por isso, acaba neste fim de ano apesar dos diversos pedidos para que o benefício fosse mantido no início de 2021 devido ao recrudescimento da pandemia e da alta do desemprego. Segundo o ministro da Economia, Paulo Guedes, a prorrogação só aconteceria caso a segunda onda da pandemia fosse confirmada, mas o governo ainda tem tratado o aumento de casos de covid-19 como um repique.

Auxílio chega ao fim após meses de ajuda a população -Foto: Ag. Brasil

Gestor do programa, o Ministério da Cidadania reforçou ontem que, por enquanto, apenas os pagamentos resultantes de processos de contestações administrativas, de contestações extrajudiciais e de decisões judiciais sobre cancelamentos de pagamentos de benefícios serão realizados em 2021. O prazo para que os beneficiários do Bolsa Família contestem o cancelamento do auxílio emergencial por meio do site do Dataprev, por sinal, termina hoje. Já para os demais beneficiários do auxílio, o prazo terminou no sábado.

A Dataprev está analisando os últimos pedidos de contestação para definir quem ainda poderá receber o auxílio em 2021, mas a expectativa é de que esse número seja residual, pois 1,4 milhão de contestações já foram acatadas pelo governo nos últimos meses. Por isso, muita gente já tem se preparado para encarar a vida pós-auxílio e o governo vem tentando melhorar o Bolsa Família. Neste mês, por exemplo, o benefício começou a ser pago de forma digital pelo aplicativo Caixa Tem. Também há uma expectativa de que o número de famílias contempladas pelo Bolsa Família passe de 13,2 milhões para 15,2 milhões em 2021.

Já a situação dos informais que param de receber o auxílio ,neste fim de ano, será tratada “aí na frente”, segundo Guedes. A Caixa, por exemplo, pretende lançar um programa de microcrédito com foco nesse público entre fevereiro e março. O banco também avisou que esses trabalhadores poderão continuar usando as poupanças sociais digitais, criadas na pandemia, gratuitamente pelo aplicativo Caixa Tem em 2021. “A Caixa manterá as Poupanças Sociais Digitais, considerando a importância do processo de bancarização para o Brasil”, informou.



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