Bolsonaro cumprimenta Joe Biden e fala em excelente futuro com Brasil

O presidente publicou a íntegra da carta endereçada a Biden nas suas redes sociais.

Posse de Joe Biden | Divulgação
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O presidente Jair Bolsonaro cumprimentou Joe Biden por sua posse como novo presidente dos Estados Unidos em mensagem publicada nas redes sociais no fim da tarde desta quarta-feira. O brasileiro informou que enviou uma carta ao líder americano na qual expôs sua "visão de um excelente futuro para a parceria Brasil-EUA". 

"Cumprimento Joe Biden como 46º presidente dos EUA. A relação Brasil e Estados Unidos é longa, sólida e baseada em valores elevados, como a defesa da democracia e das liberdades individuais. Sigo empenhado e pronto para trabalhar pela prosperidade de nossas nações e o bem-estar de nossos cidadãos. Para marcar essa data, enderecei carta ao Presidente dos EUA, Joe Biden, cumprimentando-o por sua posse e expondo minha visão de um excelente futuro para a parceria Brasil-EUA", escreveu Bolsonaro. 

Aliado do agora ex-presidente Donald Trump, o presidente brasileiro demorou mais de um mês para reconhecer a vitória do democrata nas eleições de novembro passado. No início deste mês, horas após o Congresso dos Estados Unidos oficializar a vitória de Biden nas eleições presidenciais, Bolsonaro insistiu em dizer que houve fraude na disputa, alegação falsa que vinha sendo feita por Trump desde sua derrota. 

Bolsonaro publicou a íntegra da carta endereçada a Biden nas suas redes sociais. "Senhor Presidente, tenho a honra de cumprimentar Vossa Excelência neste dia de sua posse como 46º Presidente dos Estados Unidos da América", começa o texto, que aponta o Brasil e os EUA como as duas maiores democracias do mundo ocidental. 

Bolsonaro cumprimenta Joe Biden 

Na carta, Bolsonaro cita a economia, ciência e tecnologia, organizações econômicas internacionais, "desenvolvimento sustentável e proteção do meio ambiente, em especial, da Amazõnia", como áreas de interesse comum.

O presidente afirma que o "Brasil demonstrou seu compromisso com o Acordo de Paris com a apresentação de suas novas metas nacionais". Sob Ricardo Salles, o Brasil reduziu a ambição das metas firmadas no acordo, e Bolsonaro reiteradamente se omitiu diante do desmatametno da Amazônia. O país não pôde discursar em uma cúpula histórica da ONU em dezembro, por não ser considerado um ator relevante na agenda do clima.

Bolsonaro expressou esperança de que os Estados Unidos apoiem a entrada do Brasil na Organização de Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), antiga promessa de Trump.

O presidente afirmou ainda: "Nossos povos estão unidos por estreitos laços de fraternidade e pelo firme apreço às liberdades fundamentais, ao estado de direito e à busca de prosperidade através da liberdade".

 Ele disse que, pessoalmente, é "grande admirador" de longa data dos Estados Unidos. E que desde que assumiu a Presidência passou a corrigir o que chamou de "equívocos" de governos brasileiros anteriores, que segundo ele "afastaram o Brasil dos EUA, contrariando o sentimento de nossa população e os nossos interesses comuns".

Citando a "ampla e profunda parceria" construída pelos dois países "sob o signo da confiança", ele apontou que empresários brasileiros e americanos tem interesse em um "abrangente" acordo de livre comércio para gerar mais empregos e investimentos, além de aumentar a competitividade global das respectivas empresas. O trato era negociado pelo governo Bolsonaro com o governo Trump, mas não foi concretizado. 

A carta é concluída com o desejo do brasileiro de "pleno êxito" no exercício do mandato e um pedido para que Biden aceite os votos de sua "mais alta estima e consideração".

Presidente Joe Biden faz o juramento ao tomar posse nos EUA em 20 de janeiro de 2021 — Foto: Saul Loeb/Pool/AP  



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