Bolsonaro diz que não delega atribuições presidenciais sobre vacina

Mourão disse, em entrevista à revista Veja, que o Brasil vai comprar doses da CoronaVac.

Mourão disse, em entrevista à revista Veja, que o Brasil vai comprar doses da CoronaVac. | Divulgação
FACEBOOK WHATSAPP TWITTER TELEGRAM MESSENGER

O presidente Jair Bolsonaro foi sucinto ao comentar a declaração do vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB) sobre a compra da CoronaVac, vacina desenvolvida pela chinesa Sinovac em parceria com o Instituto Butantan. Sem citar o nome do vice-presidente, Bolsonaro afirmou nessa 6ª feira (30.out.2020) que não delega a ninguém assuntos que competem ao presidente da República.

Mourão disse, em entrevista à revista Veja, que o Brasil vai comprar doses da CoronaVac. Também afirmou que a discussão em torno da vacina é “briga política” com o governador João Doria (PSDB).

“O governo vai comprar a vacina, lógico que vai. Já colocamos os recursos no Butantan para produzir essa vacina. O governo não vai fugir disso aí”, disse o vice-presidente à Veja.

Jair Bosonaro e  Hamilton Mourão 

Ao canal CNN Brasil, Bolsonaro falou: “Eu não delego a ninguém tratar sobre qualquer outro assunto relacionado ao presidente da República. E a caneta BIC é minha e ainda tem tinta”.

Bolsonaro reafirmou que a vacinação contra a covid-19 não será obrigatória. Disse também que não é função da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) pagar pelas doses do imunizante. “A Anvisa não paga a conta, ela apenas autoriza [a fabricação e aplicação de vacinas]”, falou o presidente.

O CASO

O Ministério da Saúde assinou, em 20 de outubro, protocolo de intenção de compra de 46 milhões de doses do imunizante desenvolvido pelo laboratório chinês e que será produzido no Brasil. Ofício (íntegra – 208 KB) encaminhado pela pasta ao Instituto Butantan em 19 de outubro confirma a intenção do governo federal.

No dia seguinte, no entanto, Bolsonaro proibiu a compra do que chamou de “vacina chinesa de João Doria”. O governador de São Paulo é seu desafeto político. Exigiu a comprovação científica da eficácia do imunizante contra a covid-19.

A decisão do presidente fragilizou o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, que havia assinado o acordo para aquisição da CoronaVac. Bolsonaro minimizou a divergência com o ministro e disse que ele será mantido à frente da pasta.

“Falaram até que a gente tava brigado. No meio militar é comum acontecer isso aqui, algum choque, alguma coisa, não teve problema nenhum”, disse o presidente em live de 22 de outubro.



Participe de nossa comunidade no WhatsApp, clicando nesse link

Entre em nosso canal do Telegram, clique neste link

Baixe nosso app no Android, clique neste link

Baixe nosso app no Iphone, clique neste link


Tópicos
SEÇÕES