Bolsonaro passeia de moto aquática após cancelar churrasco; vídeo

“Se a gente não cuidar, vai entrar em caos o Brasil no desemprego”, disse Bolsonaro, na gravação. “É uma neurose, 70% vai pegar o vírus, não tem como. É uma loucura”, completou.

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Depois de cancelar um churrasco que havia anunciado para este sábado, após a repercussão negativa, o presidente Jair Bolsonaro passou parte da tarde passeando em uma moto aquática no Lago Paranoá, em Brasília. Ele dirigiu a moto com um segurança na garupa, ambos sem máscara, que se tornou obrigatória no Distrito Federal. O Brasil registra 10.627 mortos por Covid-19, 730 confirmadas nas últimas 24 horas. As informações são do Extra. 

O passeio não foi confirmado oficialmente. O Palácio da Alvorada, residência oficial do presidente da República, é banhado pelo lago Paranoá e Bolsonaro saiu sem ser visto. No entanto, imagens de Bolsonaro durante o passeio foram publicadas pelo site Metrópoles.

Reprodução

Em um dos vídeos, o presidente foi gravado quando se aproximava de uma lancha. Ao cumprimentar o presidente, as pessoas disseram que eram do setor da aviação e que tinham ido ao lago fazer “o seu churrasco”.

— Se a gente não cuidar, vai entrar em caos o Brasil no desemprego— disse Bolsonaro, na gravação. — É uma neurose, 70% vai pegar o vírus, não tem como. É uma loucura — completou.

Em outras imagens, o presidente aparece em um píer cumprimentando um grupo de pessoas. A maioria também não usava máscaras.

Mais cedo, Bolsonaro publicou, em suas redes sociais, trecho de um vídeo em que faz ironias com apoiadores sobre o evento e escreveu que o churrasco que ele mesmo anunciou publicamente era “fake” (falso) e criticou a o Movimento Brasil Livre (MBL) por ter ingressado com uma ação na Justiça para tentar impedir a realização do evento. “Alguns jornalistas idiotas criticaram o churrasco FAKE, mas o MBL se superou, entrou com AÇÃO NA JUSTIÇA”, escreveu.

Na véspera do churrasco anunciado pelo presidente para este sábado, no Palácio da Alvorada, convidados foram avisados do cancelamento do evento, após a repercussão negativa da iniciativa em meio à pandemia do novo coronavírus. Até a noite da última sexta-feira, o plano era que os participantes chegassem à residência oficial do presidente no início da manhã, às 7h30m, para jogar futebol no campo que fica nos fundos do palácio.

Tanto o passeio como o churrasco contrariam as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) e do próprio Ministério da Saúde. A assessoria de imprensa da Presidência disse que o presidente teve agenda privada e, por isso, não tinha informações a repassar.

Ao anunciar o churrasco, na última quinta-feira, Bolsonaro disse que o evento deveria contar com 30 convidados, entre ministros e servidores. E que os participantes teriam que aderir a uma “vaquinha” de R$ 70 para ajudar a custear o encontro. O valor foi confirmado ao GLOBO por um dos convidados.

Diante das críticas à iniciativa — que foi apelidada de “churrasco da morte" nas redes sociais, por estar marcado para o dia em que o Brasil chegou a um total de mais de 10 mil mortes em decorrência da Covid-19 —, aliados próximos do presidente passaram a atuar nos bastidores para colocar em xeque a existência do evento, que teria sido uma “provocação” de Bolsonaro.

Na manhã deste sábado, o ministro-chefe da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos, entrou no Alvorada em sua moto e saiu cerca de 50 minutos depois.

Na chegada ao Alvorada no fim da tarde de sexta-feira, o presidente ironizou a decisão de fazer um churrasco no local e evitou responder questionamentos se o evento não representaria um mau exemplo, em função da necessidade de isolamento social. Em tom de brincadeira, declarou que 1.300 pessoas já estavam confirmadas.



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