Brasileira não foi torturada, diz governo português

O governo portugu?s negou que a brasileira Ana Virg?nia Moraes Sardinha tenha sofrido torturas por parte da pol?cia ou na pris?o portuguesa, como alega a advogada Maria Andreza S?.

A baiana Ana Virg?nia, 38 anos, foi colocada em pris?o preventiva depois da morte do filho, Leonardo Brites Sardinha Santos, 6 anos. No dia 5 de julho, data marcada para a viagem de volta ao Brasil, o menino teve uma convuls?o e morreu. A avalia??o m?dica atribuiu a morte a excesso de medicamentos.

Sob a suspeita de ser a respons?vel pela morte do filho, Ana foi mandada para a pris?o. Um m?s depois da morte de Leonardo, Ana Virg?nia entrou em coma no Estabelecimento Prisional de Tires - pr?ximo a Lisboa. Segundo a advogada da fam?lia, Ana Virg?nia teria sido espancada.

"Ela parece ter marcas de pancada com ferro na cabe?a, est? com um lado paralisado, parece que teve um AVC (acidente vascular cerebral). Queremos que ela fa?a um exame de les?es corporais. Quanto mais tempo passa, menos chance vamos ter de saber o que aconteceu, porque as marcas das les?es desaparecem".

Mas, para a respons?vel pelas rela?es externas da Dire??o Geral dos Servi?os Prisionais, Carla Gomes, a brasileira n?o foi v?tima de viol?ncia na pris?o. Ela alega que Ana Virg?nia tinha tentado suic?dio antes de chegar ao pres?dio.

"Quando chegou ao estabelecimento prisional, Ana Virg?nia j? tinha tentado cortar os pulsos. Diante disso, ela foi encaminhada a uma consulta de psiquiatria e passou a tomar medicamentos", explica. Segundo as autoridades penitenci?rias, Ana Virg?nia j? teria chegado em m?s condi?es ? pris?o e os problemas f?sicos que enfrenta - marcas no rosto e paralisia de um bra?o - seriam conseq??ncias de uma segunda tentativa de suic?dio por ingest?o de medicamentos.