Buscas com cães farejadores continuam em Cocal

Angico Branco foi uma das localidades mais atingidas pelas águas da Barragem Algodões I

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As buscas da menina Thais Alves dos Santos, 10 anos ? a última vítima desaparecida na tragédia do rompimento da Barragem Algodões I, no Município de Cocal, região Norte do Estado ?, irão continuar até que ela seja encontrada. A informação é do coronel Francisco Barbosa da Mota, comandante do Corpo de Bombeiros, que continua mobilizando 20 homens nas operações de busca, concentradas no povoado Angico Branco, localizado na zona rural de Cocal.

Angico Branco foi uma das localidades mais atingidas pelas águas da Barragem Algodões I. Nesse povoado morreram cinco pessoas ? todas da família de Thais Alves dos Santos. Segundo o coronel Barbosa, as equipes de busca acreditam que o corpo de Thais esteja nos arredores de Angico Branco, a exemplo do corpo de sua irmã, Raíssa da Silva Santos, que tinha apenas um ano e três meses de idade. A hipótese de que Thais esteja viva foi praticamente descartada.

No último domingo, as equipes de busca, que contam com o trabalho de quatro cães farejadores da Polícia Militar (PM) do Estado do Paraná, encontraram o corpo de Raíssa. Os animais pertencem ao Canil Central da Companhia de Polícia de Choque da PM paranaense. Além dos cachorros, os homens do Corpo de Bombeiros contam com o apoio de seis militares do Paraná ? todos da Companhia de Polícia de Choque.

Dificuldades nas buscas

Outros três bombeiros paranaenses, do Grupo de Operações de Socorro Tático, completam o atual efetivo de buscas da menina Thais. Segundo o tenente Willians Taurino Moreira, da PM do Estado do Paraná, as equipes têm enfrentado dificuldades relacionadas a três fatores: a extensão da área a ser coberta pelos militares; as condições do terreno, bastante críticas devido à grande quantidade de entulho por todos os lugares; e o tempo, já que se passaram 22 dias desde o rompimento da Barragem Algodões I.

?O tempo nos prejudica porque, se ela ficou exposta, pode ter tido contato com animais ? urubus e até mesmo porcos da região ? e acabou se decompondo?, explicou o oficial comandante do Canil Central da Companhia de Polícia de Choque. O tenente Willians Taurino ressalta o papel decisivo dos cães nas buscas, poupando o desgaste físico por parte dos homens envolvidos nessas operações e até reduzindo os riscos para quem está mobilizado nas buscas.

São dois cachorros da raça labrador, de nomes Borba e Sar, um pastor alemão, de nome Lost, e um bloodhound, denominado Summer. Esses animais são usados diariamente nas buscas, em esquema de revezamento, para que não fiquem sobrecarregados. Os cães foram adestrados para localizar pessoas ainda vivas, desaparecidas sob escombros ou em situações de difícil localização, ou corpos humanos, de vítimas fatais não encontradas.

Integração das forças

O oficial paranaense ficou impressionado com a dimensão da área destruída pelas águas da Barragem Algodões I. ?Eu nunca participei de uma operação de tamanho estrago?, confessou o tenente da PM do Estado do Paraná. ?Mesmo assim, estamos fazendo de tudo para tentar localizá-la; primeiro, pelo cumprimento da missão, com a intenção de localização dos corpos; segundo, como voluntário de uma missão com todo o pessoal local ? a Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros.?

O tenente Willians Taurino destacou ainda a integração com o Exército Brasileiro, através do 25° Batalhão de Caçadores (BC) e 2° Batalhão de Engenharia e Construção (BEC), com a Polícia Militar do Estado do Piauí e com o Corpo de Bombeiros. ?Foi 100%, porque nesse momento não se têm vaidades, é deixado de lado o estado, a unidade, apenas pessoas, ali, querendo cada vez mais cumprir a missão, correndo atrás?, declarou o oficial paranaense.



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