Buscas por Airbus continuam após 17 corpos resgatados

A expectativa é que os primeiros corpos cheguem a Recife na terça-feira (9).

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Equipes da Marinha e da Aeronáutica mantêm nesta segunda-feira as buscas às vítimas do acidente com o Airbus que fazia o voo 447 da Air France e que caiu no oceano Atlântico no último dia 31. Desde sábado (6), 17 corpos já foram resgatados.

Os corpos seguem para Fernando de Noronha e, depois, serão levados a Recife, onde serão feitos os trabalhos de identificação. A Secretaria de Defesa Social de Pernambuco afirma uma força tarefa foi criada para tentar agilizar os trabalhos de identificação das vítimas. Um plano de crise foi elaborado com base em três diferentes cenários, montados a partir da quantidade hipotética de corpos resgatados.

A expectativa é que os primeiros corpos cheguem a Recife na terça-feira (9). A busca e o resgate das vítimas é responsabilidade das Forças Armadas brasileiras, e a investigação das causas do acidente compete a autoridades francesas. A identificação dos corpos será feita pela Polícia Civil de Pernambuco em conjunto com a PF (Polícia Federal).

Segundo a assessoria da Secretaria Defesa Social, o IML (Instituto Médico Legal) de Recife conta com 329 papiloscopistas, 105 médico legistas e 167 peritos e recebeu o reforço de oito policiais federais especialistas na identificação de corpos --cinco deles são de Brasília e três de Recife. Inicialmente, foi definido que, caso seja necessário recorrer a exames de reconhecimento por DNA, eles serão realizados pela PF.

Um médico, um auxiliar legista, um perito criminal e um datiloscopista já estão em Fernando de Noronha, para onde os corpos já resgatados estão sendo levados. Na ilha, os técnicos coletarão material que possa auxiliar no reconhecimento das vítimas. Estes indícios serão enviados a Recife, onde o trabalho será concluído.

Em nota divulgada na semana passada, o secretário de Defesa Social, Servilho Paiva, não descartou a possibilidade de Pernambuco pedir a ajuda de outros Estados e, principalmente, a embaixadas dos países de origem de vários passageiros. O Airbus transportava 228 pessoas --12 tripulantes e 216 passageiros--, de 32 nacionalidades.

Buscas

Após vasculharem 200 mil quilômetros quadrados de mar --área equivalente ao Estado do Paraná--, as equipes de busca encontram "centenas" de objetos pessoais e partes do avião no mesmo local, a 1.166 km de Recife e a cerca de 70 km do ponto onde o avião emitiu o último sinal eletrônico indicando uma pane elétrica.

Segundo o tenente-coronel Henry Munhoz, da Aeronáutica, a Air France confirmou dados de documentos encontrados e o número de série de uma poltrona recolhida.

Buscas

Durante os trabalhos de ontem, sete corpos foram resgatados pela Marinha brasileira --dois homens, quatro mulheres e um não identificado-- e outros oito por uma embarcação francesa. Dois homens haviam sido recolhidos no sábado e outros corpos já foram avistados.

Entre os objetos resgatados estão telas de LCD, máscaras de oxigênio, um notebook, uma mochila, uma pasta, além de pelo menos mais duas poltronas com a logomarca da companhia aérea, pedaços das asas e da estrutura do Airbus.

Por meio de nota, a Aeronáutica destacou ontem que "as buscas por corpos prosseguirão simultaneamente ao resgate dos variados componentes da aeronave já localizados. Os seis navios envolvidos na Operação continuarão a retirar material no local de buscas".

Além dos navios, 14 aeronaves --12 da FAB (Força Aérea Brasileira) e duas francesas-- manterão trabalhos de visualização dos destroços do acidente.

Voo 447

O voo 447 da Air France desapareceu sobre o oceano Atlântico na noite de domingo (31), depois de fazer contato com o comando aéreo brasileiro por volta das 22h30. A investigação sobre o acidente ficou a cargo da França, que ainda não chegou a uma conclusão sobre o que pode ter derrubado o Airbus.

Não há hipóteses claras sobre as causas do acidente, mas já há certeza de que o avião sofreu despressurização e uma pane elétrica, porque a aeronave enviou alerta automático do tipo durante o voo. Sabe-se também que a aeronave enfrentou forte turbulência.

Especialistas consultados pela Folha afirmam que o encontro de corpos e destroços já deve contribuir com a investigação das causas do acidente, mas dificilmente de forma conclusiva.

Saber se, com a queda do Airbus, sobraram muitos pedaços grandes ou muitos corpos intactos, por exemplo, poderá ajudar a descartar hipóteses --como a de explosão no ar. Mas isso não exclui a necessidade de localizar a caixa-preta e outras peças da aeronave para que haja conclusões mais precisas.



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