Cápsula pousa nos EUA; missão foi fiasco para Boeing e Nasa

A cápsula pousou às 05h58 (9h58 de Brasília) na base de White Sands, um minuto após o horário programado.

|
FACEBOOK WHATSAPP TWITTER TELEGRAM MESSENGER

A cápsula espacial da Boeing, Starliner, pousou neste domingo (22) no deserto do Novo México, Estados Unidos, depois de não ter alcançado a Estação Espacial Internacional (ISS).

As imagens transmitidas pela agência espacial norte-americana, a Nasa, mostraram o retorno da cápsula à Terra, após uma descida aparada por três grandes paraquedas. Este era um ensaio geral antes do envio de naves tripuladas com astronautas, previsto para o próximo ano.

A cápsula pousou às 05h58 (9h58 de Brasília) na base de White Sands, um minuto após o horário programado. Ela pousou "bem no alvo", relatou Steve Siceloff, porta-voz da Boeing.

Imagem: Divulgação/Boeing

O escudo térmico protegeu a cápsula na reentrada na atmosfera, durante a qual o atrito fez com que a temperatura fora do veículo subisse para mais de 1.600°C.

Os motores Starliner aparentemente funcionaram bem para iniciar a descida da órbita a uma altitude de 250 km de altitude, quando a cápsula estava viajando a mais de 28.000 km/h.

A cápsula decolou na sexta-feira, do Cabo Canaveral, na Flórida. Pouco depois de se separar do foguete que a transportava, seus motores não ligaram conforme o planejado, impossibilitando que entrasse na órbita correta para alcançar a ISS. A Estação Espacial voa ao redor da Terra a cerca de 400 quilômetros de altitude.

A falha fez a Starliner consumir combustível em excesso para tentar corrigir sua posição automaticamente, não podendo, portanto, cumprir sua missão.

Por isso, a Boeing e a Nasa decidiram trazer Starliner de volta para a Terra 48 horas após seu lançamento.

A Boeing confirmou que o erro ocorreu devido a uma anomalia no contador de "tempo transcorrido" da missão. Com o horário errado, os motores da cápsula não foram acionados no momento esperado, pouco depois de se separar do foguete.

O fracasso da missão é um revés para a gigante da indústria aeroespacial, cuja reputação já foi manchada por dois acidentes em março com aviões modelo 737 MAX, e para a Nasa, que conta com este veículo para enviar a partir de 2020 seus astronautas na ISS, a fim de quebrar a dependência da Rússia, o único país desde 2011 a operar naves espaciais tripuladas, a Soyuz.

A agência espacial americana deve agora decidir se o retorno sem danos à cápsula será suficiente para provar que é um veículo seguro para colocar suas tripulações.

O chefe da Nasa, Jim Bridenstine, não descartou nenhuma possibilidade.



Participe de nossa comunidade no WhatsApp, clicando nesse link

Entre em nosso canal do Telegram, clique neste link

Baixe nosso app no Android, clique neste link

Baixe nosso app no Iphone, clique neste link


Tópicos
SEÇÕES