O advogado Cláudio Dalledone balançou o pescoço de uma colega e empurrou a advogada ao simular uma agressão durante julgamento realizado na última segunda-feira, 10 de maio, em Guarapuava, Paraná. As cenas estão repercutindo nas redes sociais.
Dalledone tentava reproduzir o que teria ocorrido no assassinato de Tatiane Spitzner, morta em 2018. Em júri popular, Luis Felipe Manvailer, marido da vítima, foi condenado a 31 anos, 9 meses e 18 dias de prisão pela morte de Spitzner.
Ao fazer a demonstração, Dalledone segurou e balançou o pescoço da advogada Maria Eduarda, que faz parte da sua equipe. Ela se debate até perder o equilíbrio e tropeçar. A mulher se apoia em uma bancada para não cair. O episódio foi filmado e o vídeo, compartilhado nas redes sociais.
Em vídeo gravado depois da sessão junto com Maria Eduarda, Dalledone disse que a “dinâmica” havia sido combinada. Afirmou que a simulação serviu para que o jurado “tivesse consciência de que seria impossível uma esganadura sem deixar marca”. Dalledone defendeu o réu Manvailer no processo.
“Ela [Maria Eduarda] não teve nenhuma lesão, não foi subjugada”, afirmou o advogado. “Ela é uma excepcional mulher na advocacia que muito nos orgulha em fazer parte da nossa equipe”, declarou o advogado. Maria Eduarda afirmou que foi tudo treinado e que “não foi pega de surpresa”. Disse também: “Acredito que na advocacia do tribunal do júri essa simulação é fundamental em grandes casos”.
“Tenho convicção de que todas as demais advogadas também concordam que, para defender as nossas causas, nossas convicções, nós estamos dispostas a tudo em plenário”, declarou.
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