Cearense desenvolve prato biodegradável a partir de resíduos da banana

o foi um dos contemplados no Laboratório de Criação da Escola de Gastronomia Social Ivens Dias Branco

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Com o objetivo de encontrar alternativas para o uso de produtos descartáveis, Paula Facó trabalhou no decorrer de 2019 para desenvolver o prato biodegradável da linha M.U.S.A (Materiais e Utensílios Sustentáveis para Alimentação). Uma das sete pesquisas selecionadas por meio de Edital do Laboratório de Criação da Escola de Gastronomia Social Ivens Dias Branco contou com a mentoria de Adriano Mattos, analista do Laboratório de Biomassa da Embrapa.

A ideia de desenvolver algo nesse sentido surgiu quando Paula vendia sopas aos fins de semana e passou a buscar alternativas para não utilizar plástico de uso único. O fato de não encontrar opções acessíveis motivou a pesquisa. Após ter o projeto selecionado no Laboratório de Criação, Paula trabalhou durante sete meses em busca de um processo de produção simplificado e sustentável.

Daí também veio a escolha de resíduos da produção de banana como matéria-prima. “O pseudocaule da bananeira já está disponível na natureza e não era utilizado de nenhuma forma pelos produtores”, afirma Paula. Aliás, o gênero das bananeiras Musa – o da banana-prata é musa acuminata – foi o deu origem ao nome do projeto, que utilizou produtos das plantações orgânicas de bananeira no quilombo da Serra da Rajada, em Caucaia.

Como devolutiva social do trabalho realizado em parceria com a comunidade, Paula organizou, neste sábado (25), uma série de oficinas para os moradores do Quilombo da Serra da Rajada, em Caucaia. Entre os temas, produção de pães com Patrycia Coelho; alternativas para dois dos principais insumos produzidos na região, banana e cajá, com Ana Parente e Marina Antonácio e um mini-curso de vendas nas redes sociais com Paula Facó.

Segundo Selene Penaforte, superintendente da Escola de Gastronomia Social Ivens Dias Branco, a iniciativa é pioneira e dá visibilidade ao grande potencial da cultura alimentar do Ceará. Lina Luz, assessora de cultura alimentar e gastronomia, ressalta que o Laboratório fomenta a inovação de processos e produtos locais.

Outras pesquisas

No decorrer de 2019, sete pesquisadores, selecionados por meio de Edital do Laboratório de Criação em Cultura Alimentar e Gastronomia, trabalharam em projetos relacionados com diferentes temas da cadeia produtiva do alimento, desde a colheita até o direcionamento de resíduos. Para se ter uma ideia, Isaac Moreira trabalhou em um “Tempero Cearense” obtido do feijão de corda com mamão; Iury de Melo criou produtos a partir do aproveitamento integral de insumos da pesca artesanal; Mateus Ferreira destacou a produção de óleo de batiputá na comunidade indígena Tremembé da Barra do Mundaú, em Itapipoca; Fernanda Soares criou um queijo vegetal fermentado de resíduos de castanha de caju; Vicente Monteiro desenvolveu fermentos a partir do bioma Caatinga e Marina Antonácio desenvolveu um manual para criação de cozinhas no padrão Lixo Zero.

Os projetos contaram com a mentoria de especialistas em suas respectivas áreas, como Rodolfo Vilar, do projeto A.mar; Fernando Goldenstein e Leonardo Andrade, da Cia dos Fermentados; Adriano Lincoln, da Embrapa Agroindústria Tropical; Sandro Gouveia, do departamento de química analítica e físico-química ministrando disciplinas nos cursos de Química e Gastronomia da UFC; Jerônimo Villas Boas e Fábio Mena, da Reenvolver e Luíza Denardin, do Instituto Lixo Zero Brasil.

Izakeline Ribeiro - Ascom EGSIDB -Portal Governo do Estado do Ceará



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