Censo 2022 inicia coleta de dados nas comunidades quilombolas do Piauí

. Em todo o país, serão visitadas 5.972 localidades, sendo que 215 delas ficam em território piauiense.

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O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) iniciou, nesta quarta-feira (17), a coleta de dados de quilombolas para o Censo Demográfico 2022 – a primeira edição que vai contar quantos são, onde vivem e como vivem esses grupos em todas as unidades da federação. Em todo o país, serão visitadas 5.972 localidades, sendo que 215 delas ficam em território piauiense.

Uma das comunidades que integram o processo de coleta de informações nesta quarta-feira é o Quilombo Mimbó, situado na zona rural do município de Amarante. Na última sexta-feira (12), lideranças do quilombo receberam um grupo de coordenadores do IBGE que explicaram sobre a importância do levantamento de dados para retratar a realidade dessa população.

Lideranças do Mimbó receberam orientações sobre as coletas de dados (Foto: reprodução)

A artesã Martha Paixão, moradora do Quilombo Mimbó, comemorou o início da pesquisa de mapeamento. "São muitos anos esperando por isso. Viva a luta quilombola", falou.

O coordenador técnico do Censo Demográfico no Piauí, Pedro Andrade, avalia que os dados que serão obtidos através das entrevistas vão facilitar a implantação de ações governamentais para melhoria de vida da população quilombola. "Com o levantamento, nós vamos saber com precisão quantos quilombolas têm no país, o número de comunidades e como é acesso à saúde e educação. Através desses resultados, o país com certeza adotará políticas públicas para o atendimento dessas populações", ressaltou

Segundo o IBGE, a coleta junto às comunidades quilombolas tem o apoio da Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas (CONAQ), que ajudou no planejamento da operação censitária. 

Ao contrário das comunidades indígenas, que vêm sendo acompanhadas pelos Censos desde a primeira edição, em 1872, as comunidades quilombolas só agora aparecem na pesquisa, em sua 13ª edição. No primeiro Censo, realizado durante o Império, a escravidão era legal no Brasil e inclusive os escravos eram contabilizados. Na época, o país tinha quase 10 milhões de habitantes, dos quais 15,2% eram escravos.

Originalmente, os quilombos foram regiões de grande concentração de escravos escondidos nas matas e montanhas do Brasil colonial. Eram foco da resistência e do combate à escravidão no Brasil. As comunidades quilombolas reúnem descendentes desses escravos

IBGE incia coleta de dados em Quilombos do Piauí (Foto: Divulgação/IBGE)



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