Centro de Valorização abraça a população em situação de rua em Teresina

A unidade é muito mais que um abrigo, é um espaço que além do acolhimento ofertado, é oferecido espaços para banho, lavagem de roupa, refeitório e até uma ala de pós-alta.

Centro | divulgação
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O Centro de Valorização da População em Situação de Rua foi inaugurado em 16 de agosto de 2021. Prestes a completar um ano, o espaço permanece com o mesmo objetivo: reunir em um único espaço os serviços oferecidos à população em situação de rua. 

Espaço de acolhimento fica localizado no Centro de Teresina - Foto: Divulgação

No mesmo endereço, localizado no Centro de Teresina, funciona o Centro Pop, a Casa do Caminho e o Serviço Especializado em Abordagem Social (SEAS). O SEAS realiza a busca ativa para atender demandas informadas por esta população através dos agentes, sendo o primeiro passo de acesso ao serviço, que também pode ser espontâneo.

O Centro Pop faz encaminhamentos para este público para serviços disponíveis, seja para emissão de documentos, atendimento médico e até para o restaurante popular. Já a Casa do Caminho oferece acolhimento, como um albergue popular. Por lá eles têm momentos de lazer e capacitação, além de oferecer aos acolhidos seis refeições diárias.

Jorge Leandro Pereira tem 30 anos e está há quase dois meses vivendo no Centro de Valorização. "Eu vim de outro estado, passei em Teresina e tive uns contratempos. Então rodei muito em busca de emprego. Passando em frente vi a placa. Sou de São Paulo e ainda procuro uma alternativa para minha vida", revela.

Jorge Leandro está há quase dois meses no Centro de Valorização - Foto: Lucrécio Arrais 

Ele conta que já trabalhou como garçom, auxiliar de serviços gerais e de "chapeiro", fritando hambúrgueres. "Eu vinha de São Paulo para Fortaleza, mas acabei ficando por aqui. Fiquei alguns dias no Terminal Rodoviário, até que vim ao Centro tentar um emprego ou um lugar para ficar. Eu vi a placa e resolvi pedir uma ajuda. Preciso agradecer a Deus por esse lugar, que é acolhedor. Estou há um mês e quinze dias e não tenho o que reclamar”, acrescenta.

Acolhidos aprovam serviços oferecidos

São muitas histórias e depoimentos diferentes no Centro de Valorização da População em Situação de Rua. Manoel Ariomar, de 42 anos, por exemplo, está prestes a completar um mês como acolhido. Ele afirma que veio de São Luís, no Maranhão. O vício em álcool acabou levando ele para as ruas.

Manoel Ariomar também é um dos acolhidos pelo espaço - Foto: Lucrécio Arrais

Ele afirma que precisa parar de beber em razão da própria saúde. "Aqui para mim está bom demais. Eu estava morando na rua e cheguei até aqui. Fiz grandes amizades, inclusive a direção da casa. Não uso droga, então vou ficar aqui. Sou pintor de parede e quero trabalhar. Procuro uma vida mais tranquila. Eu tinha o vício do álcool, mas sou diabético e me libertei. Se eu estiver na rua, tô no álcool, então prefiro ficar aqui", revela.

Eliomar da Silva, de 50 anos, pedreiro explica que já trabalhou como pedreiro antes de morar na rua. “Não tem lugar melhor que esse onde estamos. A pior coisa que tem é morar na rua. Aqui tem até carro para levar a gente ao médico. Tenho amigos aqui dentro e lá fora e cheguei aqui por uma indicação. Foi a melhor casa que encontrei", revela.

Eliomar da Silva elogiou os serviços oferecidos pelo Centro de Valorização

Compromisso com a população em situação de rua.

De acordo com Ariana Sousa, gerente administrativa do Centro de Valorização da População em Situação de Rua, conta que o espaço é um marco para Teresina. "Temos assistente social, psicólogo, educadores. Na Casa do Caminho temos um trabalho de alta complexidade, ofertando desde a atenção primária até atendimento especializado. A refeição, o acesso a uma dormida de qualidade. Tem um espaço amplo onde eles se sentem como em uma família", revela. 

Ariana Sousa, gerente do Centro de Valorização da População em Situação de Rua - Foto: Lucrécio Arrais 

A população em situação de rua procura o atendimento, até que é feita uma triagem. "Os psicólogos e assistentes sociais entendem as necessidades dessa pessoa, que pode ser encaminhada para cá", acrescenta. 

Allan Cavalcante, secretário da Secretaria Municipal de Cidadania, Assistência Social e Políticas Integradas (Semcaspi), avalia de forma positiva o trabalho desenvolvido no Centro. “Assim que o Doutor Pessoa assumiu ele se preocupou com as pessoas em situação de rua. Antes não havia nenhuma estrutura para esse público. No período de institucionalizado era um sofrimento”, revela. 

Allan Cavalcante, secretário da Semcaspi - Foto: Lucrécio Arrais 

O secretário afirma que a política pública é um sucesso. "A gente busca aumentar o número de atendimentos porque ainda existe um público grande. Hoje acolhemos 40 pessoas. Queremos ampliar e atender até 100 pessoas, primando pela qualidade e compromisso com o usuário", finaliza.

Dormitórios para pessoas em situação de rua 



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