Com bloqueio de verbas, reitor afirma que UFPI funcionará até setembro

Reitor da UFPI diz que período letivo da instituição pode ser impossível de terminar por conta do bloqueio de recursos pelo MEC.

| Ananda Soares
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O reitor da Universidade Federal do Piauí (UFPI), Arimatéia Dantas Lópes, durante entrevista coletiva na manhã desta terça-feira (7) no Salão Nobre da reitoria, diz que a instituição enfrentará consequências com o bloqueio de 30% das verbas pelo Governo Federal. O reitor afirmou ainda que 50% dos recursos previstos da universidade serão bloqueados tornado a situação drasticamente preocupante porque o ano letivo estará prejudicado.

De acordo com o professor e reitor Arimateia Dantas Lópes, caso o bloqueio seja mantido a instituição pode fechar as portas até setembro de 2019, pois o bloqueio de mais de R$ 33 milhões representa quase 50% do orçamento para o período entre maio e dezembro de 2019.

"Se houver a bloqueio vai ser impossível terminar o ano, se não houver reversão, será inviável. Não temos previsão de cortes de bolsas, estamos em outras ações que vai atingir direito, pois se mantido, a universidade encontrará dificuldades até para fechar o ano", afirmou o reitor. 

O reitor da Universidade Federal do Piauí, Arimatéia Dantas Lópes durante coletiva à impresa na manhã desta terça (07). Foto: Ananda Soares.

Em nota à imprensa, " A UFPI confirma o bloqueio global de 30% em seu orçamento de custeio anunciado pelo Ministério da Educação( MEC). A decisão impacta diretamente no funcionamento da universidade,  comprometendo gravemente sua capacidade de cumprir com as atividades administrativas e acadêmicas", disse o texto. Segundo ele, o bloqueio de mais de R$ 33 milhões de reais representa quase 50% do orçamento para o período entre maio e dezembro de 2019.

 No montante, o corte é de mais de 33 milhões de reais sendo que mais de R$ 1,5 milhão atingem os programas de Ensino, Pesquisa e Extensão,  R$2, 8 milhões o funcionamento de três escolas que são os colégios técnicos de Teresina, Floriano e Bom Jesus e R$ 28,7 milhões para o funcionamento direto do ensino superior no Estado.

O Ministério da Educação (MEC) divulgou no dia 30 de abril o bloqueio de 30% do orçamento e de todas as universidades e institutos federais. O anúncio repercutiu nacionalmente e as universidades começaram a alertar para os possíveis cortes de bolsas, demissão de funcionários terceirizados, restrições aos usos de transportes das instituições, comprometimento de serviços básicos para o funcionamento das universidades e que, sem o recuo da medida imposta, poderia provocar até mesmo o fechamento das portas antes do fim do ano,  como é o caso da Universidade Federal de Pelotas (UFP), por conta das categorias que os cortes podem atingir.

Em todo o país são mais de 60 universidades e quase 40 institutos federais em funcionamento diante do órgão federal, MEC, e a ameaça de risco de uma série de problemas que dificultam a instituição e a permanência de alunos na instituição.

O reitor afirma ainda que será realizada uma audiência com o ministro de educação, Abraham Weintraub, marcada para o dia 16 deste mês. “Esperamos que a gente possa reverter essa situação e deixar bem claro a importância das universidades federais para a sociedade brasileira. Torcemos para que isso seja possível de resolver”, finaliza.



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