Com o início do período chuvoso, áreas de risco ainda não estão mapeadas em São Luís

A nova superintende afirma que os 20 agentes já estão em alerta,

Risco de desabamento | Imirante
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Com o início do período chuvoso em São Luís, as atenções se voltam para as pessoas que moram em áreas de risco. Casas próximas de barrancos, áreas que inundam e casas com risco de desabamento são os principais focos de trabalho da Defesa Civil Municipal, responsável pelo mapeamento destes locais, orientações aos moradores e remoção, em casos de acidentes. Este ano, porém, mesmo com as chuvas fortes do último fim de semana, a Defesa Civil Municipal não iniciou o mapeamento das áreas de risco. O trabalho depende de acertos internos relativos a cargos e formação de equipe.

De acordo com a superintendente da Defesa Civil, Elitânia Márcia Barros, o órgão está em fase de transição e por isso o mapeamento das áreas de risco não foi feito. ?Oficialmente já fui nomeada; contudo, a transmissão do cargo ainda não foi feita. Toda a documentação está com o ex-superintendente e eu não pude montar a minha equipe?, explicou Elitânia Barros. Seu cargo, na gestão anterior, era ocupado pelo inspetor Herberth de Jesus Rodrigues.

Mesmo que os processos no órgão estejam sendo reorganizados, a nova superintende afirma que os 20 agentes já estão em alerta, ainda mais com o período chuvoso que começou. ?Como eu já trabalhava aqui, sei onde os maiores problemas ocorrem. Então, fica mais fácil evitar a ocorrência de inundações e desabamentos. Temos um trabalho preventivo e o faremos dentro do possível nesse momento. Só precisamos entender que estamos vivendo um situação de anormalidade e isso vai ser logo resolvido?, declarou Elitânia Barros, adiantando alguns bairros que sofrem com as chuvas: Jambeiro, Vila Progresso, Cidade Olímpica, Alto da Esperança, Vila Lobão, Vila Embratel, Coroadinho e o Centro Histórico.

Em 2008, sob a responsabilidade do ex-superintendente Herberth de Jesus, a Defesa Civil mapeou, em São Luís, 80 áreas de risco, que incluíam bairros como o Coroadinho, Vila Florestal, Bom Jesus, Sá Viana, Jambeiro, Vila Maruim, Liberdade, Gapara, Itaqui-Bacanga, São Raimundo, Alemanha, Vila Palmeira, Vila Cerâmica, entre outros. ?Nesses locais, que estão cadastrados em nosso sistema, a prevenção vinha sendo feita regularmente. E continuará. Aguardamos apenas uma definição mais clara da situação aqui no órgão, para retornarmos ao trabalho diretamente com a comunidade, já que é com a participação dela que devemos trabalhar, porque assim elas dão mais valor e entendem o benefício que podemos levar a ela?, destacou a superintendente da Defesa Civil Municipal.

Ocorrências

Uma das últimas ocorrências registradas ainda em 2008 foram rachaduras em 47 casas no Alto da Esperança; barreiras que deslizaram na Vila Lobão; sete casas na Vila Embratel suscetíveis a soterramento; e inundações no bairro Jambeiro, que até hoje deixaram famílias desabrigadas, vivendo em abrigos provisórios.

Na rua São Raimundo, na Vila Lobão, o problema de deslizamento de terra é antigo. Casas, na parte superior e inferior do barranco, transformam a vida das pessoas que moram no local num risco diário.

?A gente até já pensou em sair daqui, mas não achamos casa barata para morar. O jeito é tentar resolver o nosso problema aqui mesmo?, disse Joseane Garcês Raiol, de 24 anos, moradora no local há cinco anos.

Ela e outros moradores começaram a construir um muro de contenção, com pedras e barro, para evitar deslizamento de terra e conseqüente soterramento e desabamento de casas. ?Ano passado, o pessoal da Defesa Civil até veio por aqui, mas nunca mais apareceu. Da última vez a equipe avisou que, se acontecesse algo, era para chamá-la. Eu até falei ?se der tempo a gente chama??,, criticou a moradora.

No Centro Histórico, a falta de manutenção dos prédios também é risco para quem mora e transita na área. De acordo com a Defesa Civil, 33 imóveis têm risco iminente de desabamento e cerca de 550 famílias residem em imóveis comprometidos. ?Temos um problema sério nessa área, porque os imóveis são particulares e não podemos agir. O máximo que está ao nosso alcance é a orientação aos moradores e também pedir ajuda ao Ministério Público. O que estou pensando agora é mapear a área, ver o que é necessário e tentar um projeto com a Prefeitura, o Governo e o Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional?, completou a superintendente.



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