Com taxa de mortalidade alta, CRM-PI cobrará investimentos

Taxa de mortallidade infantil no PI está acima da média nacional

|
FACEBOOK WHATSAPP TWITTER TELEGRAM MESSENGER

Os números não mentem e só confirmam que cada vez mais os governos têm utilizado políticas de desmonte da saúde pública no Brasil, especialmente reduzindo investimentos fundamentais no SUS e nos programas de saúde à população. Com os dados divulgados no último mês de maio pela Fundação Abrinq, sobre o crescimento nacional de 11% da taxa mortalidade infantil, entre 2015 e 2016, uma elevação que não havia registro nos últimos 13 anos, comprova que medidas urgentes precisam ser tomadas. No Piauí, a média é a maior, três vezes maior, pois somente na Maternidade D. Evangelina Rosa, a maior do Piauí, o aumento da mortalidade infantil foi de 43,15 para cada mil bebês nascidos vivos.

A presidente do CRM-PI, Drª Mírian Palha Dias Parente, ressalta que é notória a queda dos investimentos em saúde e certamente o resultado disso seria em estatísticas desastrosas. Ela informou que o Conselho está trabalhando há muito tempo e enfrentando situações negativas na saúde pública do Piauí. “Essa pesquisa não nos causa estranheza, uma vez que a Maternidade, onde foi constatada essa média elevada mortalidade neonatal, acima de todos os estados no país, é reflexo de um problema muito mais complexo, que envolve a falta de investimentos em todas as esferas públicas, inclusive na atenção básica”, frisou.

Diante de toda a problemática e de várias denúncias que o CRM-PI recebe inclusive de médicos, os quais vêm sofrendo com a falta de condições de trabalho e com a superlotação na MDER, o CRM-PI atuará em parceria com o Ministério Público do Estado em ações que buscarão melhorias para a maternidade e já tem intensificado as fiscalizações nas Unidades Básicas e Mistas de Saúde em todo Estado. Nos últimos dias, médicos da MDER denunciaram a falta de material básico de uso hospitalar e de higiene, como papel toalha. Em todos os setores da maternidade são encontradas falhas e quem mais sofre com isso é a população. Para o CRM-PI, quando os recursos não chegam até o destino, uma série de problemas começa a surgir, como, por exemplo, o aumento de parturientes com complicações, tendo as suas vidas e dos seus bebês com maior taxa de risco e esses casos geralmente são levados à MDER, daí os números altíssimos de mortalidade infantil estarem concentrados naquela instituição.



Participe de nossa comunidade no WhatsApp, clicando nesse link

Entre em nosso canal do Telegram, clique neste link

Baixe nosso app no Android, clique neste link

Baixe nosso app no Iphone, clique neste link


Tópicos
SEÇÕES