Comércio do Ceará terá plataforma de e-commerce para enfrentar a crise

Nomeado Lojas Aqui, a plataforma surge para ajudar os varejistas que estão de portas fechadas.

| O Povo
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Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Ceará (FCDL) desenvolve uma plataforma de vendas online para enfrentar a crise do novo coronavírus no comércio cearense. A ser lançada após a fase de testes realizada hoje, o serviço chamado Lojas Aqui terá três modalidades de adesão, sendo uma gratuita. As informações são do O Povo.

Na primeira, o varejista tem direito à exposição de até três produtos, sem custo. Já para 30 itens serão estipuladas duas taxas - uma mais barata para filiados e outra para quem não é. O tradicional e-commerce (loja virtual mais completa) será a categoria com o valor mais elevado. Os preços, no entanto, ainda não foram revelados.

Inicialmente, as vendas serão apenas dentro do Estado. A entidade abrange 84 municípios. Ao longo do dia, seis empresas de diversos setores testam o recurso para aprovação ou ajustes. As informações foram divulgadas pelo presidente da FCDL, Freitas Cordeiro, durante coletiva de imprensa em live na tarde desta quarta-feira, 15.

Crédito: O Povo

"Estávamos planejando isso para daqui a algum tempo, mas não tem mais o que discutir. Hoje, é o único remédio, a gente toma ou vai morrer mais rápido", disse. Outra alternativa para reduzir os impactos econômicos da Covid-19 no setor, explicou, é adiar o Dia das Mães - segunda melhor data para o comércio - para o segundo domingo de julho deste ano.

A demanda foi enviada à Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), que analisa se aplicará a transferência em âmbito nacional. A ideia é esperar passar o Dia dos Namorados e fazer um marketing convidando os consumidores a não abrirem mão da comemoração. A definição ocorrerá ainda nesta semana.

Freitas também falou dos requerimentos dos setores econômicos enviados ao Governo do Estado. Dentre eles, a suspensão dos impostos sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) durante a pandemia e o pagamento de tributos de pequenas empresas em 120 dias.

Indústria, comércio, agricultura, serviços, turismo e hotelaria já haviam enviado carta ao governador Camilo Santana (PT) solicitando flexibilizações tributárias. Além da FCDL, estão à frente do pleito a Federação das Indústrias do Estado (Fiec) e Federação das Empresas de Transportes de Passageiros do Ceará, Piauí e Maranhão (Fetrans).

Os pedidos não foram acatados conforme essas propostas. No entanto, houve a prorrogação dos prazos do recolhimento do ICMS para empresas optantes do Simples Nacional por 90 dias. Já os microempreendedores individuais terão 180 dias.

Também foram postergados os impostos atrasados que estão na lista de refinanciamento (Refis), suspensas as inscrições de empresas na Dívida Ativa do Estado, além do pagamento ao Fundo de Equilíbrio Fiscal do Estado (FEEF).

"O governo ainda está resistente a nossas reivindicações… 120 meses ainda é pouco para o que sobrará de problemas para as empresas. Elas voltarão a funcionar combalidas, precisam de tempo para começar a pagar", afirmou Cordeiro. Para ele, o ideal seria que todos os tributos devidos a partir de 20 de março recebam um tratamento especial. Procurada, a Secretaria da Fazenda do Estado (Sefaz-CE) informou que as solicitações estão em análise.

Demandas dos setores

Dispensa do pagamento no Simples Nacional por 180 dias ou até o fim da crise.

Parcelar pagamento dos tributos estaduais, com 20% de entrada e os demais em 12 parcelas.

Que o Governo cumpra os pagamentos de fornecedores, serviços e produtos.

Flexibilização dos prazos para atender as demandas de atividades fiscalizatórias.

Carência de 180 dias para o pagar Refis e tributos em parcelamento.

Extinção do pagamento do percentual destinado ao FEEF.

Redução de tributos sobre a concessão de serviços públicos.

Prorrogação da validade das certidões negativas e do prazo para apresentação das obrigações acessórias das empresas por 180 dias.

Suspensão, por 180 dias, de inscrições em dívida ativa, protestos e execução fiscal.



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