Comissão decide prosseguir com processo de impeachment de Crivella

O grupo formado por três vereadores viu indícios suficientes para continuar com as investigações

| Tomaz Silva
FACEBOOK WHATSAPP TWITTER TELEGRAM MESSENGER

Por 2 votos a 1, a comissão processante votou nesta sexta-feira (26) pelo prosseguimento do processo que analisa o pedido de impeachment do prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella (PRB).

O grupo formado por três vereadores viu indícios suficientes para continuar com as investigações, após ter acesso às denúncias e à defesa do gestor.

Votaram a favor o relator Luiz Carlos Ramos Filho (Podemos) e Willian Coelho (MDB). O ex-secretário da Casa Civil, Paulo Messina (PROS), defendeu o arquivamento.

Próximos passos do processo:

-10 de maio - testemunhas de acusação são ouvidas

-13 de maio - testemunhas de defesa são ouvidas

O relator explicou que a decisão dele não é um pré-julgamento e que cabe à comissão somente verificar se há embasamento suficiente na denúncia original para que as investigações continuem.

"Pode-se afirmar que a denúncia não é inepta, com apresentação concatenada e lógica de fatos, anexados documentos que tentam provar supostas irregularidades. São fatos que podem representar a violação de lei".

A partir de agora, depoimentos poderão ser colhidos - inclusive o de Crivella - e começa a fase de instrução do processo.

Ex-secretário da Casa Civil, Paulo Messina (PROS) leu seu voto contrário por volta de 15h. Ele, que já havia votado contra a abertura do processo, novamente defendeu o arquivamento do caso.

"Vão ser dois, três meses de investigação e de desgaste político quando nosso instrumento de investigação é uma CPI. Acho ruim", disse Messina.

Messina saiu da Secretaria da Casa Civil para votar a favor do prefeito no processo, mas acabou continuando no Parlamento ao ser sorteado para a comissão processante.

A acusação contra Crivella fala em irregularidades no contrato de empresas de publicidade em pontos de ônibus e relógios de rua. O poder público teria renovado o contrato sem previsão e obtido prejuízo de R$ 8,2 milhões.

Crivella nega as acusações e afirma que o aditivo das empresas questionado no pedido de impeachment foi embasado por técnicos.

Tomaz Silva-Agência Brasil

Recomposição da base

O processo de impeachment foi aberto no dia 2 deste mês. Dois dias depois, Crivella começou a recompor a base aliada. Duas novas secretárias foram criadas e dadas ao PP, que prometeu expulsar vereadores rebeldes.

Marcelino D'Almeida (PP), que votou pela abertura do processo, se retratou na última quarta.

"Nunca traí nada. Jamais posso lhe trair. Quero o respeito do Dornelles (presidente nacional do partido). Passo a dizer que vou seguir o que o partido propuser".



Participe de nossa comunidade no WhatsApp, clicando nesse link

Entre em nosso canal do Telegram, clique neste link

Baixe nosso app no Android, clique neste link

Baixe nosso app no Iphone, clique neste link


Tópicos
SEÇÕES