Conseguir trabalho é desafio para deficientes, diz Conade

Conseguir trabalho é desafio para deficientes, diz Conade

FACEBOOK WHATSAPP TWITTER TELEGRAM MESSENGER

A inclus?o de pessoas com defici?ncia no mercado de trabalho passa por algumas dificuldades que ultrapassam os pr?prios limites impostos pela condi??o f?sica. Essa ? a avalia??o do presidente do Conselho Nacional dos Direitos das Pessoas Portadoras de Defici?ncia F?sica (Conade), Alexandre Carvalho.

Segundo ele, o preconceito, a necess?ria adapta??o de ambientes de trabalho ? com a inclus?o de rampas e o alargamento de portas ? at? a dificuldade de comunica??o com funcion?rios cegos ou surdos s?o os maiores entraves para ampliar o n?mero de pessoas com defici?ncia que ocupam postos de trabalho.

Desde 1999, o decreto 3.298 da Presid?ncia da Rep?blica regulamenta a lei de cotas ? que obriga todas as empresas com mais de 100 funcion?rios a contratarem pessoas com defici?ncia. As cotas variam de 1% a 5% dependendo do n?mero de empregados.

De acordo com o conselho, em fun??o das dificuldades, muitos deficientes desistiam de conseguir um emprego com carteira assinada porque eram obrigados a abrir m?o do benef?cio pago pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) ? destinado a deficientes que n?o trabalham e tem renda de at? ? de sal?rio-m?nimo.

?Esse medo ? natural. Porque o custo de vida de uma pessoa com defici?ncia ? 40% mais alto que uma pessoa sem defici?ncia aparente. Ent?o o risco de ir para o mercado, ser demitido e ficar sem nenhum tipo de assist?ncia assustava as pessoas?, reconhece Alexandre Carvalho

Por isso, desde setembro deste ano existe um decreto que garante a essas pessoas o direito de terem o benef?cio de volta caso n?o consigam permanecer empregadas e comprovem que voltaram a ter renda de ? de sal?rio-m?nimo.

Outro problema que incide no trabalho de inclus?o do deficiente ? a falta de qualifica??o. O procurador Regional do Trabalho, Jos? Cl?udio Monteiro de Brito Filho reconhece que em algumas ?reas ? como a de educa??o, por exemplo ? esse problema ? real. Mesmo assim, o procurador afirma que o Minist?rio P?blico n?o negocia a isen??o da responsabilidade da empresa. Nesses casos o empregador ? orientado a oferecer a capacita??o dos profissionais que ir? contratar.

Em alguns casos o problema est? no tipo de servi?o, que exige aptid?o f?sica do empregado. As prestadoras de servi?os de seguran?a e vigil?ncia, por exemplo, alegam que a Lei 7.102 obriga os seguran?as a passarem por academias de vigil?ncia credenciadas pelo Departamento de Pol?cia Federal.

?At? hoje n?s n?o conseguimos achar uma pessoa com defici?ncia que passou pela academia, fez o curso de vigilante e est? apto a trabalhar?, diz Irenaldo Pereira, diretor do Sindicato das Empresas de Seguran?a Privada no Distrito Federal.

Para tentar resolver esse impasse, o Conade, ligado ? Secretaria Especial de Direitos Humanos, deve votar em dezembro um parecer que prop?e que as empresas de seguran?a revejam os cursos preparat?rios, de modo a incluir pessoas com defici?ncia.



Participe de nossa comunidade no WhatsApp, clicando nesse link

Entre em nosso canal do Telegram, clique neste link

Baixe nosso app no Android, clique neste link

Baixe nosso app no Iphone, clique neste link


Tópicos
SEÇÕES