O Estado português já detinha 50% do capital da companhia aérea TAP. O ministro das Finanças, citado pelo canal de televisão TSF, anunciou que as ações subirão para 72,5%. Para isso, o governo investirá € 55 milhões.
Anteriormente, o Executivo português havia oferecido aos acionistas um empréstimo de até € 1,2 bilhão para recuperar o grupo, mas as condições foram rejeitadas pelo conselho de administração da companhia.
O contrato de aumento de capital por parte do governo exigiu longas negociações. Em última análise, ele permitirá que o principal acionista privado, o norte-americano David Neeleman, se retire. Retirada imediata também do CEO que ele indicou, embora ninguém saiba no momento o nome de seu sucessor.
Uma empresa estratégica
Se o governo português colocou a mão no bolso, é porque a empresa aérea é considerada estratégica. O Executivo lembra que 90% dos turistas chegam a Portugal de avião, metade pela TAP. Perdê-la seria, portanto, um "desastre econômico", disse o Ministro da Infraestrutura.
Com a crise, o governo do premiê português Antonio Costa reverteu o acordo de 2016 em que o Estado se comprometeu a não adquirir mais de 50% da empresa.
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