CRM-PI aprova Interdição Ética no Hospital Geral do Buenos Aires

A partir desta quinta-feira (1) não poderá mais haver admissão de pacientes de forma alguma, quem já está internado fica até ser transferido ou ter alta

hospital | reprodução
FACEBOOK WHATSAPP TWITTER TELEGRAM MESSENGER

O Conselho Regional de Medicina do Estado do Piauí – CRM-PI, por meio do seu corpo de conselheiros, aprovou na noite desta quarta-feira (30) a Interdição Ética Parcial no Hospital Geral do Buenos Aires, que fica na zona norte de Teresina. 

CRM-PI aprova Interdição Ética no Hospital Geral do Buenos Aires

Desde fiscalização realizada pelo Conselho, no dia 27 de outubro, a instituição foi colocada em Indicativo de Interdição Ética e como não houve correção dos problemas detectados, que vêm acarretando riscos para o tratamento da população, bem como comprometendo a prestação dos serviços dos médicos, após fiscalização realizada nesta quarta-feira (30), os conselheiros decidiram por tomar a decisão e irão anexar na porta de entrada do hospital o aviso de interdição na manhã desta quinta-feira (1º/12).

A medida de Interdição Ética Parcial aprovada pelo corpo de conselheiros do CRM-PI significa que a partir do aviso anexado no hospital, dando ciência à direção técnica do fato, que nenhum paciente será admitido, sob pena de responder perante o Conselho. Os pacientes que estiveram internados e não puderem ser encaminhados para outras unidades ficarão sob supervisão médica até a alta. A interdição também é por tempo indeterminado, mas assim que as irregularidades forem sanadas, a desinterdição será feita.

O CRM-PI informou que a interdição ética foi a medida final tomada depois de seis fiscalizações realizadas durante o ano de 2022 com comunicação aos gestores do hospital e da FMS sobre as várias irregularidades flagradas nas fiscalizações, além de várias reuniões presenciais realizadas com os gestores e inclusive o próprio prefeito nas quais foram solicitadas a solução dos problemas. 

Na manhã de quarta-feira (30), houve mais uma reunião com gestores da Fundação, na qual a diretoria do CRM-PI e o Departamento de Fiscalização esperavam ouvir sobre medidas tomadas para solução dos problemas, mas como isso não aconteceu, e esgotados todos os prazos e solicitações, não restou ao Conselho outra saída, a não ser a interdição ética. Estiveram presentes na reunião, a diretora de Assistência Hospitalar da FMS, Clara Leal, e a secretária imediata do gabinete do prefeito, Dr. Pessoa, Andréia Lima de Sousa Pessoa. 

Na última fiscalização realizada nesta quarta-feira, foram identificados os mesmo problemas, ausência frequente de soro fisiológico levando a transferências de pacientes, falta de administração e medicações que dependem da solução, tratamento inadequado de pacientes (necessidade de volume para tratamento eficaz sem realização por falta da solução), falta de tubo orotraqueais em estoque tamanho 7.5 e 8.0 (os mais usados em adultos), ausência de algumas medicações analgésicas e antibióticos, escala de neonatologia incompleta comprometendo a segurança dos recém-nascidos da maternidade, aparelhos de fototerapia antigos e com baixa eficiência, falta de luvas de procedimento em tamanho pequeno e médio, entre outros fatos enumerados no relatório técnico do CRM-PI.

O CRM-PI entende que a medida de interdição ética é dura, mas necessária, pois certamente vai evitar que novos pacientes sejam internados ou recebam qualquer tipo de atendimento sob condições não ideais, colocando em risco a vida dos mesmos.

 A interdição também visa  resguardar os médicos, de forma que não trabalhem sem as condições mínimas necessárias para salvar vidas.



Participe de nossa comunidade no WhatsApp, clicando nesse link

Entre em nosso canal do Telegram, clique neste link

Baixe nosso app no Android, clique neste link

Baixe nosso app no Iphone, clique neste link


Tópicos
SEÇÕES