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Cúpula do PCC só soube que iria para presídio federal no avião

Desde 2011, quando os presídios federais foram criados, nunca houve registro de fuga ou rebelião

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Na determinação judicial da transferência dos 22 líderes do PCC (Primeiro Comando da Capital) para presídios federais, o juiz Paulo Eduardo de Almeida Sorci determinou como deveria ocorrer o envio da cúpula da facção de São Paulo a Porto Velho, Mossoró (RN) e Brasília. 

O juiz prezou pelo sigilo. Advogados e familiares dos presos não foram informados, atendendo, assim, a uma orientação do então secretário da Administração Penitenciária, Lourival Gomes, enviada por escrito ao magistrado em 11 de dezembro último.  

Na orientação, o secretário planeja uma transferência "sem que nenhum dos presos, familiares ou advogados soubessem antecipadamente, tendo em vista que os detentos só tomariam conhecimento, sem ciência do destino, no exato momento em que estariam embarcando nas aeronaves".  

O UOL entrevistou advogados que representam parte dos presos transferidos. As defesas afirmaram que, passados dois dias, não conseguiram contatar seus clientes. Da mesma maneira, líderes da facção não teriam falado com familiares até ontem.

CORTE NA COMUNICAÇÃO

 Além do sigilo em torno da operação de transferência, integrantes do poder público demonstraram também a preocupação com a interrupção da linha de comando da facção. O promotor Lincoln Gakiya, que pediu à Justiça a transferência da cúpula do PCC, assinou documento em 8 de fevereiro ressaltando a capacidade de organização do PCC mesmo atrás das grades.

" É necessário o isolamento imediato e cautelar dos integrantes do PCC, pois ainda que removidos ao Sistema Penitenciário Federal, sujeitos a disciplina e segurança mais rígidas, se estiverem em regime de convívio normal com outros detentos que lá se encontram, certamente conseguirão continuar a comandar a organização criminosa, com alto risco de tentarem deflagrar rebeliões em massa nos presídios do país e também de incentivarem seus comandados a promover ataques contra agentes e órgãos públicos."

Desde 2011, quando os presídios federais foram criados, nunca houve registro de fuga ou rebelião, de acordo com o CNJ (Conselho Nacional de Justiça). Segundo o governo de São Paulo, a previsão inicial é de que os presos do PCC fiquem mantidos ao menos um ano nos presídios federais, sendo que, nos dois primeiros meses, em regime de total isolamento.



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