Delegado Daniel Rosa assume investigação do assassinato de Marielle

A escolha de Daniel para o cargo foi confirmada uma semana após a prisão dos acusados

| TV Globo
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O delegado Daniel Rosa assumiu o cargo de titular da Delegacia de Homicídios nesta segunda-feira (25). A partir de agora, ele será o responsável pela investigação das mortes da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes.

A escolha de Daniel Rosa para o cargo foi confirmada uma semana após a prisão de dois suspeitos de terem matado a vereadora e seu motorista.

“Passei por todos os setores aqui da DH, titularidade da Baixada e agora aqui. A gente vai encarar esse desafio com muita naturalidade”, disse Daniel Rosa após assumir o cargo nesta segunda.

Durante seu discurso, disse que vai lutar para obter um resultado satisfatório à frente da delegacia, mas não falou especificamente sobre o caso Marielle.

Em entrevista à imprensa depois da rápida cerimônia, Daniel Rosa não quis confirmar buscas por armas jogadas ao mar e disse que, como na primeira fase, o sigilo no caso Marielle será fundamental. 

“Desde o anúncio dessa mudança, estamos com uma equipe de transição para que a investigação não pare. E perguntas sensíveis como essa da arma não serão abordadas ainda”, explicou.

O delegado disse ainda que vai usar toda a tecnologia da primeira fase na segunda fase da investigação do caso: "É um caso muito relevante, sensível, e que a polícia está empenhando todos os esforços para dar uma resposta satisfatória. Nessa investigação, em especial, vão ser aplicadas todas as técnicas que já vinham sendo aplicadas pela Polícia Civil".

O secretário de Polícia Civil, antes de passar o cargo para Daniel Rosa, elogiou a investigação de Giniton no caso Marielle, que resultou em duas prisões dos suspeitos do crime e na apreensão de 117 fuzis.

“No meu entender foi o resultado da perseverança”, afirmou o secretário de Polícia Civil, Marcus Vinicius Braga.

Em seguida, Marcus Vinicius Braga disse que Daniel Rosa tem todas as condições de conseguir bons resultados, inclusive na continuação da investigação da morte de Marielle e Anderson Gomes. “Você tem uma missão: a segunda fase na investigação do caso Marielle. Você terá todo o nosso apoio”, disse o secretário.

Para Giniton Lages, a qualidade de investigação do caso Marielle precisa ser levada a todos os casos. “Toda vida importa. Isso a gente não pode perder de meta”, afirmou.

O delegado disse ainda que o sentimento agora é de um "fechamento de ciclo". Ele também agradeceu ao Secretário de Polícia Civil.

"O sentimento que eu estou vivenciando é um turbilhão. Muita coisa passando pela minha cabeça, e por um círculo que se fecha. Estou na Delegacia de Homicídios desde a sua criação. Eu digo que é um fechamento de ciclo porque é preciso novos objetivos e novas missões. Ir para um outro momento na carreira. É para frente que se olha", disse Giniton.

"Devo agradecer ao delegado Marcus Vinicius que confiou na nossa continuidade na investigação do caso Marielle. Haveria uma mudança, mas o secretário entendeu que não era o momento para haver essa troca”, completou o delegado.

Trajetória

Daniel começou na Polícia Civil dentro da unidade, e foi durante anos um dos principais delegados assistentes de Rivaldo Barbosa e Fábio Cardoso na Divisão de Homicídios da Capital, juntamente com o próprio Giniton. Na especializada, participou de investigações como a da morte de um médium na Zona Oeste, em 2015.

Ele assumiu a Divisão de Homicídios da Baixada Fluminense em março de 2018, durante as mudanças na corporação com a intervenção federal na área de segurança pública.

Mais recentemente, investigava a participação de Marcelo Fernando de Sá Costa, filho de Fernandinho Beira-Mar, na morte de três pessoas na Baixada Fluminense, e também uma chacina com nove mortos em Nova Iguaçu.

Como Fábio Cardoso e Giniton Lages antes dele, Daniel Rosa sai da DHBF para assumir a delegacia da capital. O substituto de Rosa será o delegado Moyses Santana, que estava na 28ª DP (Campinho).

Delegado Daniel Rosa

Troca de delegados após prisões

Giniton Lages tinha aparecido publicamente pela última vez durante a coletiva de imprensa no dia das prisões de Ronnie Lessa e Élcio Vieira de Queiroz, acusados de serem o atirador e motorista responsáveis pelo crime, segundo as investigações.

No dia seguinte, o governador Wilson Wtizel disse que Giniton estava "cansado" e que esse seria um dos motivos pelo qual ele estaria sendo afastado. Na época, ele também anunciou que o delegado faria um intercâmbio na Itália.

Kathia Mello / G1 



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