Descaso às vitimas de câncer no DF complata cinco anos

A obra parou quatro vezes, já consumiu quase o dobro dos recursos públicos

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A burocracia derrota a esperan?a h? cinco anos no Distrito Federal. A luta entre autoridades e v?timas do c?ncer come?ou em dezembro de 2003, quando o Minist?rio de Sa?de e a Universidade de Bras?lia firmaram contrato de R$ 5,1 milh?es para a constru??o e aparelhagem do maior centro de atendimento oncol?gico do Centro-Oeste, o Cacon.

A obra parou quatro vezes, j? consumiu quase o dobro dos recursos p?blicos previstos inicialmente e ainda n?o est? pronta. Muitos doentes n?o conseguiram esperar a inaugura??o. Levantamento no Sistema de Processamento de Dados do Minist?rio da Sa?de (Datasus) mostra que 3.186 pessoas morreram de c?ncer nos hospitais de Bras?lia entre dezembro de 2003 e novembro de 2007, enquanto o sonho do Cacon se transformava em pesadelo de cimento.

Os aparelhos m?dicos do futuro Cacon come?aram a chegar ? UnB em 2004. Modernas m?quinas de radioterapia est?o encaixotadas num galp?o desde 2005, conforme o Correio vem denunciando h? mais de 12 meses.

Os dois principais equipamentos, o acelerador linear e o sistema de braquiterapia de alta dosagem, custaram R$ 2,2 milh?es e chegaram ? universidade em 30 de maio de 2005. Ou seja, est?o guardados h? 824 dias, quando poderiam ajudar a salvar homens, mulheres e adolescentes que dependem da radioterapia para vencer a dura batalha contra a morte.

O Minist?rio da Sa?de estima que, em 2008, 5.620 moradores de Bras?lia v?o descobrir que t?m um tumor maligno. Mais de 80% deles ter?o de fazer radioterapia. A grande maioria precisar? disputar o ?nico acelerador linear de toda a rede p?blica. Fica no Hospital de Base, funciona em regime de tr?s turnos, atende 85 pessoas por dia e quebra com freq??ncia.

O ?ltimo cap?tulo dessa triste novela aconteceu h? duas semanas: a m?quina do Hospital de Base quebrou logo depois do carnaval e ficou dez dias parada ? espera de uma pe?a importada. ?Est? claro que h? uma crise no atendimento oncol?gico do DF, que poderia ser resolvida com o Cacon e com a libera??o dos aparelhos?, diz a procuradora-geral de Contas do Distrito Federal, Claudia Fernanda Oliveira Pereira.

Documentos obtidos com exclusividade pelo Correio mostram que no dia 7 de novembro do ano passado o Tribunal de Contas da Uni?o determinou que os equipamentos guardados na UnB fossem transferidos para o Hospital de Base, mas at? hoje os principais aparelhos continuam guardados no c?mpus.

A UnB culpa o GDF, diz que j? mandou 12% da aparelhagem e que a Secretaria de Sa?de n?o quis receber o restante por falta de instala?es apropriadas. ?O acelerador ? radioativo e s? pode funcionar dentro de ?reas especiais. Qualquer hospital do DF teria de fazer uma grande reforma para receb?-lo?, explica o diretor do Hospital de Base, Milton Menezes.



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