Desmatamento na Amazônia cai 68% em abril, primeira grande queda sob Lula

Especialistas ressaltam que ações do governo federal tem influência direta nos números obtidos recentemente com a queda no desmatamento

Redução chegou a 68% em relação à abril de 2022 | Ueslei Marcelino -Reuters
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Dados preliminares do Governo Federal divulgados nesta sexta-feira (12) pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) apontam que os alertas de desmatamento na floresta amazônica, no território brasileiro, caíram 68% no mês de abril, em comparação com o mesmo período de 2022. Este é o primeiro grande registro de queda no desmatamento da região, sob o governo de Lula.

Os desafios se colocaram ao governo Lula, desde o período eleitoral, quando, ainda em campanha ele se comprometeu em acabar com o desmatamento, reativar o fundo Amazônia e buscar, junto à comunidade internacional, parcerias para reverter a tendência de crescimento e até mesmo de incentivo ao desmatamento e exploração desenfreada dos recursos naturais que foram amplamente encorajados durante os anos de governo de Jair Bolsonaro.

Além disso, ao assumir o governo, a nova gestão federal se deparou com um verdadeiro desmonte das instituições responsáveis pela gestão ambiental no âmbito federal, como Ibama, ICMbio, Funai, entre outras, com falta de recursos, de estrutura e de pessoal.

Dados do Inpe mostraram que foram identificados 328,71 km² com indícios de desmatamento em abril de 2023, a menor taxa dos últimos três anos, de acordo com o Greenpeace. Em abril de 2022, os alertas superaram os 1.000 km² e a média histórica anual para o mês de abril é de 455,75 km². Os meses de janeiro e fevereiro de 2023 somados registraram 489 km² de alertas de desmatamento.

De acordo com especialistas, os dados indicam uma boa sinalização, mas destacam que ainda é cedo para afirmar que está havendo uma tendência de redução na derrubada da floresta amazônica. Entre os fatores que eles apontam para esse resultado estão as medidas adotadas pelo governo federal como o combate ao garimpo ilegal e à exploração de madeira na região, o aumento da fiscalização, com a aplicação de multas, embargo de áreas e inutilização de maquinários.

O porta-voz de Amazônia do Greenpeace, Rômulo Batista, ressaltou a importância do trabalho integrado do governo, entre diversos órgãos ambientais, somando ações em campo e o uso de tecnologia. “É preciso promover inovações tecnológicas, legais e infralegais, considerando que a destruição da floresta hoje é operacionalizada por meios tecnológicos inovadores. Além disso, é preciso atuar diretamente na fiscalização de instituições financeiras que têm coparticipação direta no aumento do desmatamento”.

O presidente Lula ressaltou que seu governo não quer apenas reduzir, mas sim acabar com o desmatamento até 2030. Para isso, ele ressalta a importância da colaboração de outros países para alcançarem essa meta ambiciosa, que já conta com o apoio de Reino Unido, Noruega, Alemanha e Estados Unidos.  



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