DF: grávida usa o corpo para proteger filho de 4 anos de tiro

Bandidos chegaram a disparar após o cliente de uma lanchonete ter reagido, mas, por sorte, ninguém foi atingido

Grávida | Reprodução
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Moradores da Quadra 805 do Recanto das Emas passaram momentos de tensão na noite de domingo (24/1), quando dois homens assaltaram uma hamburgueria da região. Um cliente reagiu e os bandidos chegaram a efetuar disparos com arma de fogo, mas ninguém se feriu.

O disparo atinge uma mesa. Assustada, uma mulher se joga no chão para proteger o filho enquanto todos fogem. Antes de fugirem, os assaltantes retornam e roubam três celulares. O delegado-chefe da 27ª Delegacia de Polícia (Recanto das Emas) afirmou que está dando prioridade ao caso.

“Queremos dar satisfação para os clientes e para a comunidade do Recanto das Emas o mais cedo possível com a identificação dos autores”, afirmou.

Imagens do assalto (Foto: reprodução)

Vídeo:

A mulher que usou o próprio corpo para proteger o filho durante um assalto no domingo (24) no Recanto das Emas, no Distrito Federal, está grávida de seis meses e diz que agiu por impulso.

"Foi um momento de terror. É uma coisa que a gente nunca espera que possa acontecer. Na hora do desespero ali, a primeira reação que a gente tem é bem impulsiva", afirmou a dona de casa Rafaela Dantas, que usou o corpo para proteger o filho de quatro anos. Ela também está grávida de seis meses.

Câmeras de segurança gravaram a ação (assista acima). Um dos dois assaltantes estava armado e abordou um cliente, que reagiu. Nesse momento, teve início uma confusão. O homem com a arma atirou na direção de clientes. Em seguida, o comparsa levou celulares das vítimas.

"Eu pensei na proteção do meu filho. Primeira coisa, meu filho. Os dois, né? O que está na barriga também. Mas, graças a Deus deu tudo certo, ninguém ficou ferido", afirmou Rafaela.

A dona de casa diz que, como de costume, saiu para lanchar como o marido, o filho e amigos depois de ter saído da igreja. Rafaela conta que, após a confusão começar, achou que se tratava de um caso de acerto de contas, e não de um assalto.

"Quando a gente foi para o chão, já ouvi o disparo. Daí, eu fiquei deitada esperando ouvir mais disparos. Aguardei um pouquinho mais para poder levantar." A dona de casa diz que sua única reação foi proteger o filho.

"O celular ficou em cima da mesa, e a minha reação foi só mesmo de puxar meu filho e proteger. Até porque a gente não sabe a reação de uma criança. A gente, como adulto, já entende um pouquinho mais, já tem noção da situação, que estava pondo em risco a nossa vida. Já a criança, não. Ela pode ter a reação de se espantar, correr", afirma.

No dia do crime, a Polícia Militar chegou a ser chamada pelas vítimas, mas não houve registro de ocorrência. Segundo o delegado-chefe da 27ª Delegacia de Polícia, Pablo Aguiar, a Polícia Civil recebeu as imagens e foi atrás do responsável pela lanchonete, que só então registrou o caso.

Em nota, a PM disse que agentes foram ao local, mas as vítimas já tinham saído. Segundo a corporação, policiais patrulharam a região, mas não encontraram os criminosos.

A PM afirmou ainda que, algum tempo depois, o dono de um dos celulares roubado encontrou uma equipe da corporação e disse que tinha conseguido rastrear o aparelho.

"Com a ajuda da PM, ele localizou o celular no mato. Os policiais o orientaram a procurar a delegacia para registro. Por essa dinâmica, não se faz necessário o registro da PM na delegacia. A ausência de registro pela PM em nada interfere na investigação da Polícia Civil', continua a nota.

Já o delegado Pablo Aguiar disse que a demora no registro do caso pode atrapalhar as investigações.

"Teve um disparo de arma de fogo e o local não foi preservado. A vítima pegou o aparelho, que tinha que ser apresentado na delegacia, até para ver se tem algum vestígio, impressão digital. A delegacia, se tivesse conhecimento mais cedo dos fatos, poderia ter auxiliado não só na preservação, como na realização de perícia no local, e em diligências para prender os autores."



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