Dia Mundial do Meio Ambiente: é preciso agir para salvar o futuro

A ambientalista Tânia Martins destaca que é urgente a adoção de medidas para minimizar os impactos da destruição ambiental que lamentavelmente só cresce.

Imagem | Reuters
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O Dia Mundial do Meio Ambiente é celebrado neste sábado, dia 5 de maio. A data destaca a importância da preservação dos recursos naturais e a luta pela restauração dos ecossistemas. No ano de 2020, além da pandemia da Covid-19, o Brasil também viu grande parte do território atingir elevados índices de degradação ambiental.

De acordo com um estudo da ONG Instituto Centro de Vida (ICV), de janeiro até o dia 16 de novembro do ano passado, mais de 2,1 milhões de hectares do Pantanal foram atingidos pelo fogo. As chamas deixaram um rastro de animais mortos e espécies sobreviventes famintas. Quantos às causas, peritos do Mato Grosso encontraram indícios de origem criminosa na região.

Jacaré morto pelo fogo no Pantanal (Foto: AHMAD JARRAH/A LENTE) 

A ambientalista Tânia Martins destaca que é urgente a adoção de medidas para minimizar os impactos da destruição que lamentavelmente só cresce. "Vivemos uma crise ambiental sem precedente na história contemporânea com a destruição dos recursos naturais, os quais somos dependentes. O Brasil se agrava com ações e atitudes de um governo que estimula o uso irracional dos recursos disponíveis", enfatiza Tânia.

Também no ano de 2020, o país registrou um recorde no desmatamento na Amazônia. Entre janeiro e dezembro do ano passado, a floresta perdeu 8.058 km² de área verde, a maior dos últimos 10 anos. Além disso, dados do Sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real (Deter), do Instituto de Pesquisas Espaciais (Inpe), revelam que a mineração desmatou 405,36 km² da Amazônia Legal nos últimos cinco anos.

Hoje, os índices alarmantes continuam mesmo com a repercussão interna e externa do terrível ano de 2020 e com os debates sobre ações desenfreadas que ameaçam a vida dos animais e seres humanos. Em maio deste ano, a Amazônia Legal bateu mais um recorde de área sob alerta de desmatamento. Até o dia 28, a região tinha 1.180km² de área sob alerta de desflorestação, o maior número para o mês desde 2016. Os dados são do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

Aquecimento global

A ambientalista Tânia Martins acrescenta que o aquecimento global levou o mundo ao "ponto de não retorno", isto é, o "estágio" de contínuo aumento da temperatura global que desencadeia efeitos irreversíveis na terra. Essa informação chega com um preocupante estudo divulgado recentemente. Cientistas da Escola de Higiene e Medicina Tropical de Londres e da Universidade de Berna, mostrou que de todas as mortes ocorridas entre 1991 e 2018 em consequência de calor, 37% foram ocasionadas pelo aquecimento global. Assim, as próprias ações do homem estão destruindo a própria espécie.

Fumaça sobre rio (Foto: REINALDO NOGALES/ECOA)

"O desequilíbrio que vivemos também está ligado diretamente às doenças como a Covid-19 e outras zoonoses. Assim, não temos um plano B para salvar o planeta da destruição, mas, podemos adotar medidas de conservação que previnam a degradação do meio ambiente, ao menos do seu entorno", aconselha Tânia Martins.

Para Martins, a omissão dos que moram em um planeta que depende das atitudes de conservação dos seus hóspedes deve ser abandonada. "Não dá mais para a sociedade se calar diante do desmatamento, queimadas e mudanças climáticas, é preciso reagir e cobrar das autoridades políticas públicas de conservação para evitar o fogo, assoreamento dos rios e um trabalho intenso de educação ambiental para a população, além de fiscalização e punição aos que causam impactos ambientais", informa.

É possível ajudar o meio ambiente sem sair de casa

Embora a pandemia esteja mudando nosso mundo e as interações uns com os outros, estamos vivendo um momento que pede a participação  de todos com ações de conservação.

1. Reciclar

Muitos produtos que você adquire têm impacto sobre o meio ambiente de alguma forma. A reciclagem de plásticos e outros materiais ajuda a reduzir resíduos e emissões prejudiciais de aterros sanitários e diminui sua pegada de carbono. Também reduz a necessidade de usar recursos naturais para criar novos produtos.

2. Composto

Se você puder, faça a compostagem de alimentos e produtos apropriados. Este é um processo que decompõe matéria orgânica como folhas, restos de vegetais ou saquinhos de chá em um condicionador de solo que ajuda as plantas a crescer. Enriquece naturalmente o solo e previne pragas e doenças das plantas.

3. Compre produtos alimentares sustentáveis

A produção de alimentos é um dos principais impulsionadores do desmatamento e da perda de vida selvagem. A produção agrícola para carne e laticínios não só causa desmatamento, mas também consome grande quantidade de energia. Tente fugir de uma dieta dominada pela carne e compre alimentos de origem local ou orgânica. Essas opções são frequentemente produzidas de forma mais sustentável e consomem menos combustíveis fósseis necessários no transporte.

4. Apoie empresas ecológicas

Como consumidor, você tem o poder de compra para apoiar empresas ambientalmente corretas que fornecem seus produtos de maneira sustentável. Muitas dessas empresas usam uma parte de seus lucros para ações ambientais, o que garante que o dinheiro que você gasta tenha um impacto positivo.

5. Mantenha-se informado

Enquanto sentamos em casa, muitos de nós somos atraídos para nossas várias telas ao longo do dia. Temos todas as informações de que poderíamos precisar na ponta dos dedos, portanto, reserve um tempo para ler fontes confiáveis e estar ciente de como o mundo está mudando ao nosso redor. Conhecimento é poder; uma das melhores maneiras de causar impacto é estar atento. O Portal Meio Norte divulga as principais informações sobre o meio ambiente e ações governamentais que impactam na qualidade de vida das pessoas.

6. Doe para as organizações certas (se você puder)

Existem muitas organizações que estão trabalhando incansavelmente agora para proteger nosso planeta.



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