Dia Nacional da Mulher: mães são maioria das vítimas de violência

Cerca de 80% das vítimas atendidas pela Central são mães

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No Dia Nacional da Mulher, que é comemorado hoje (30/04), a vereadora Graça Amorim chama atenção para um grave problema que atinge as mulheres brasileiras “De acordo com a Secretaria de Políticas para as Mulheres, 80% das vítimas de violência atendidas pela Central de Atendimento à Mulher (Ligue 180) são mães. O mais grave é que cerca de 64% dos filhos estão presentes durante o ato de violência”, aponta a vereadora.

A vereadora chamou atenção também para um tipo de violência moderna: a discriminação hoje presentes nas redes sociais. “No mês passado, um fato chamou atenção e teve ampla repercussão, um economista paulista agrediu as mulheres piauienses as chamando de feias e que deviam andar com um saco na cabeça. É preciso que se combata e que se reflita antes de se fazer posts depreciativos. O preconceito é mostrado abertamente, mas em alguns casos vem escondido nas entrelinhas das mensagens de conteúdo cômico, mas que na verdade esconde o sexismo, a misoginia”.

Graça Amorim lembra que o dia Nacional da Muher foi criado para se debater as questões que envolvem a causa feminina. “Infelizmente, o Dia Nacional da Mulher não é devidamente difundido no país. A data acaba por ser ofuscada pelo Dia Internacional da Mulher que, nos últimos anos, desviou-se do seu caráter político e passou a ser visto como mais uma data comercial”.

Sobre a participação da mulher na política, a vereadora destacou que, embora sendo a maioria do eleitorado ainda está abaixo do homem quando se fala em candidatura. “Nas eleições de 2014, o Tribunal Superior Eleitoral tinha em seus registros 77.459.424 eleitoras diante de 68.247.598 eleitores do sexo masculino, mas a proporção da participação feminina na política brasileira ficou abaixo dos 30% estipulado como mínimo pela legislação eleitoral. É preciso que haja maior participação”, frisa.

ORIGEM DA DATA

O Dia Nacional da Mulher foi instituído em 1980, através da lei nº 6.971, de 9 de junho de 1980, como homenagem a Jerônima Mesquita, uma enfermeira brasileira que liderou o movimento feminista no Brasil. Jerônima também foi a fundadora do Movimento Bandeirante, que tinha como objetivo principal promover a inserção da mulher em todas as áreas da sociedade e esteve também envolvida na criação do Conselho Nacional das Mulheres.

A data do Dia Nacional da Mulher foi escolhida por ser o dia do nascimento desta líder e icônica cidadã. De origem abastada e aristocrática, Jerônima era filha de Maria José Vilas Boas de Siqueira Mesquita e de José Jerônimo de Mesquita, barão e baronesa do Bonfim.

Na fazenda da família, destacava-se a maneira com que os escravos eram bem tratados, a eles foi permitido aulas de música. Foi construída uma sala de música para ensaios; Os escravos tinham sua própria orquestra, que tocava durante os jantares. Mesquita foi um dos primeiros fazendeiros a libertar os escravos, antes da Lei Áurea, em 1886. Como reconhecimento, o imperador Dom Pedro II concedeu-lhe o título nobiliárquico de Barão.

Quando da eclosão da I Guerra Mundial, Jerônima ingressou como voluntária da Cruz Vermelha, organização que dava assistência aos doentes e refugiados; Fez parte também dos Pequenos Jornaleiros, entidade para meninos órfãos ou carentes; e da Pró-Matre, instituição para gestantes carentes.



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