O médico Olímpio Moraes, diretor do CISAM, onde foi feito o aborto legal da criança de 10 anos que foi estuprada, é o mesmo que em 2009 foi excomungado pela Igreja por ter interrompido a gravidez de outra menina de 9 anos, estuprada pelo padrasto.
Frente às manifestações de fundamentalistas ocorridas em frente ao instituto, Olímpio afirmou ao Marco Zero que nunca viu algo do tipo: ‘Nós trabalhamos atendendo a população pernambucana e nordestina há mais de 20 anos e nunca presenciei isso. Eu acho que o ódio, a intolerância estão sendo impulsionadas nesse momento que estamos vivendo de negacionismo, de fundamentalismo religioso’.
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Ele teve que chamar reforço policial para entrar na maternidade e garantir que pacientes não fossem constrangidos pelo grupo religioso. “Eu mesmo fui impedido de entrar na maternidade. Quando cheguei, a deputada Clarissa Tércio, que eu nem conhecia, queria falar comigo. Ela estava até calma, tranquila, mas o problema são as pessoas em torno. Fizeram um cordão de isolamento na entrada da maternidade e quando acabei de explicar o que estava acontecendo não me deixaram entrar. Com palavra de ordem, de assassino, e outras palavras mais. Eu não consegui entrar, só quando chegou a viatura policial”, relatou.
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