Diretora do Instituto Royal nega testes para produtos de limpeza

Diretora-geral do Instituto Royal disse que os animais eram bem tratados. Grupo de ativistas invadiu e levou 178 beagles do laboratório.

A diretora-geral critica os manifestantes | Divulgação/Assessoria de Imprensa
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O Instituto Royal divulgou no começo da tarde desta quarta-feira (23) um vídeo em que a diretora-geral, Sílvia Ortiz, fala sobre as ações que a empresa desenvolve (veja o vídeo ao lado). Silvia diz que as acusações de que o Instituto Royal faz teste de cosméticos e produtos de limpeza nos animais são "mentira".

"Fazíamos testes de segurança para medicamentos e fitoterápicos, para cura e tratamento de doenças como câncer, diabetes, hipertensão e epilepsia, entre outras, bem como para o desenvolvimento de medicamentos antibióticos e analgésicos... Assim como em qualquer outro país, essas pesquisas são feitas em animais antes que passem para a fase de pesquisa clínica, feitas em seres humanos. O objetivo é testar a segurança dos medicamentos de forma que possam ser utilizados pelas pessoas como eu e você. Se algum dia você já tomou medicamento contra dor de cabeça, gripe ou pressão alta, pode ter certeza que você já voi beneficiado por pesquisas feitas em animais", afirma.

O vídeo, de quatro minutos, é uma resposta à polêmica sobre o uso de cobaias para experimentações científicas feitas pela empresa. A sede do laboratório foi invadida na sexta-feira (18) por um grupo de ativistas, que levaram 178 cães da raça beagle que eram usados nos testes.

A diretora-geral critica os manifestantes e diz que a ação deles, que ela classifica como vandalismo, "coloca em xeque o próprio desenvolvimento na área da saúde no país". "É triste constatar que um pequeno grupo possa colocar tudo isso a perder em nome de uma visão deturpada e a partir de uma falta de sensibilidade atroz", afirma.

A diretora do instituto também rebate a acusação de que os animais sofriam maus-tratos. "Nossos beagles contavam com assistência de nove veterinários, praticavam atividades recreativas e recebiam alimentação saudável e regulada, que levava em conta a característica de cada animal... Quase todos os cães eram colocados para adoção após participarem das pesquisas, sem nenhum tipo de risco para as pessoas."

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Ela termina o vídeo com um pedido para que a sociedade compreenda a importância das pesquisas e ajude a "continuar trabalhando pelo bem estar de todos".

Entenda o caso

As atividades do Instituto Royal estão sendo questionadas desde 2012, quando o Ministério Público passou a investigar o laboratório para apurar denúncias de maus-tratos aos animais usados como cobaias.

Após organizarem protestos em São Paulo e São Roque, ativistas invadiram a sede da empresa na sexta-feira (18) e levaram 178 beagles usados nas pesquisas, além de sete coelhos.

Um protesto contra o instituto foi marcado pelas redes sociais na manhã de sábado (19). Cerca de 700 pessoas se reuniram no km 56 da rodovia Raposo Tavares, na entrada que dá acesso ao laboratório. Um grupo de mascarados entrou em confronto com a Polícia Militar, que usou balas de borracha e bombas de efeito moral para dispersar a multidão. Carros da PM e da imprensa foram incendiados.

A Delegacia Seccional de Sorocaba (SP) investiga, simultaneamente, o furto dos animais do laboratório e as denúncias de maus-tratos. Pelo menos 20 ativistas que participaram da ação já foram identificados e intimados a depor.



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