DJ Rennan da Penha afirma não ter vínculo com facções criminosas

O desembargador Antônio Carlos Nascimento Amado, da Terceira Câmara Criminal, afirma que o DJ Rennan da Penha atuava como “olheiro” do tráfico, além de organizar bailes e produzir músicas que enalteciam traficantes.

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Após dar entrada no sistema prisional do Rio de Janeiro na noite dessa quarta-feira (24), o  DJ Rennan da Penha se declarou neutro, que não possui vínculo com nenhuma facção criminosa.  Rennan permanece na Cadeia Pública José Frederico Marques, em Benfica, na Zona Norte do Rio, unidade que é a principal porta de entrada do sistema. Ainda não foi definido o presídio para o qual o DJ irá. A escolha está sendo feita pela Seap. As informações são do Extra.

A Secretaria de Administração Penitenciária (Seap) questiona se o preso possui ligação com alguma quadrilha para definir o presídio no qual ele ficará. É um procedimento de praxe. No Rio, os presos são divididos nas cadeias por alguns critérios como facção criminosa à qual é ligado e escolaridade.

Aos agentes penitenciários, na noite dessa quinta, ao dar entrada na Cadeia Pública, Rennan revelou que permaneceu nas regiões Serrana e dos Lagos durante o mês em que era considerado foragido. Ele relatou que decidiu se entregar porque não aguentava mais ficar foragido, longe de todos, sem poder falar no telefone, só assistindo televisão. O DJ disse também que se assustava sempre que ouvia qualquer barulho de movimentação policial

Reprodução

A condenação

O desembargador Antônio Carlos Nascimento Amado, da Terceira Câmara Criminal, afirma que o DJ Rennan da Penha atuava como "olheiro" do tráfico, além de organizar bailes e produzir músicas que enalteciam traficantes. E apolícia teria chegado ao seu nome a partir de declarações de uma testemunha.

O DJ chegou a ser considerado foragido. Ele foi condenado no dia 15 de março, pela Terceira Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio (TJRJ) a seis anos e oito meses de prisão pelo crime de associação para o tráfico. Dias depois, o TJ expediu mandado de prisão contra o DJ.

Rennan havia sido absolvido, no mesmo processo, em primeira instância, mas o Ministério Público estadual recorreu da decisão e o DJ acabou condenado. A decisão também decretou a prisão de outros dez denunciados além de Rennan.

"O adolescente disse que Rennan 'é conhecido como DJ dos bandidos, sendo responsável pela organização de bailes funks proibidos nas comunidades do Comando Vermelho, para atrair maior quantidade de pessoas e aumentar as vendas'", diz o documento. Ainda de acordo com a testemunha, a atuação de Rennan nos bailes funks seria "deliberadamente orientada ao incremento do tráfico de entorpecentes, em associação ao Comando Vermelho".

Versão da defesa

As testemunhas de defesa, um ativista e um empresário do DJ, argumentaram que alertas sobre a movimentação policial são comuns entre moradores de comunidades, na tentativa de se proteger de possíveis tiroteios ou de danos aos carros causados pela entrada do caveirão em ruas estreitas. O empresário ressaltou que as músicas tocadas pelo DJ nos bailes retratam a realidade das favelas e não enaltecem os criminosos.

Ao ser interrogado, o próprio Rennan declarou que "não tem tempo disponível nem necessidade financeira de exercer a atividade de 'olheiro'", pois realiza em média 15 (quinze) bailes por semana". Ele negou que financiasse os bailes ou que já houvesse recebido dinheiro do tráfico, explicando que quem custeia os eventos são os comerciantes da região, que instalam barracas para venda de bebida e reúnem dinheiro para pagar os músicos e o equipamento de som. Sobre a foto com a arma, alegou que havia sido tirada no carnaval e que a réplica era feita de madeira e fita isolante.



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